- Empresas privadas se unem a países do Ocidente para impor sanções à Rússia;
- Empresas romperam negociações com a Rússia;
- Governo russo pede esclarecimentos sobre manutenção dos investimentos no país.
Nos últimos dias vários países se uniram com um único propósito, o de aplicar sanções à Rússia. A medida foi a maneira encontrada para punir o país pelos ataques proferidos contra a Ucrânia. Diante da amplitude dessas sanções, a adesão se expandiu para o setor privado.
O resultado destas sanções tem sido o rompimento de negócios com a Rússia. Neste sentido, uma variedade de empresas multinacionais ocidentais de diversos setores fecharam as operações locais, suspenderam negociações com companhias russas, além de anunciarem a retirada de investimentos diretos no país.
É o caso de empresas como Shell e BP que, ao cortarem os negócios com a Rússia, causaram prejuízos bilionários ao país. A mesma atitude foi tomada pela Volvo, Apple e outras empresas gigantes do transporte, como a MSC e Maersk, que decidiram suspender o envio de novas remessas para o comércio russo.
Ao que parece, as sanções à Rússia finalmente chamaram a atenção do presidente russo, Vladimir Putin. O resultado foi um decreto publicado pelo governo federal proibindo os estrangeiros de venderem ativos russos com o propósito de ganhar tempo para tornar mais difícil a saída dos investidores do país.
Mas não foi só isso, o governo também pede para que as empresas de capital aberto que decidirem permanecer na Rússia se justifiquem. A decisão das companhias contra a Rússia pressiona cada vez mais a economia do país.
Um reflexo da atual situação é a queda do rublo, moeda russa, que atingiu mínimos recordes. Por esta razão o Banco Central da Rússia se viu obrigado a elevar as taxas de juros aplicadas no país.
É importante explicar que apesar de as sanções terem sido colocadas em prática devido e após a guerra da Rússia contra a Ucrânia, esta não foi a única motivação. O rompimento dos negócios com a Rússia não se trata exclusivamente de um posicionamento contra a guerra.
O objetivo principal dos grupos empresariais é promover o equilíbrio perante os impactos causados pelas reputações, minimizando a exposição do país a sanções extremas. Vale mencionar que o Brasil também possui companhias e investimentos em território russo. É o caso da empresa catarinense WEG, que atua na fabricação de motores elétricos listada na Bolsa de Valores brasileira, B3.
Participação do Brasil na economia russa
A WEG atua na Rússia através da subsidiária WRU e, em setembro de 2021 anunciou o começo de investimentos na Sibéria, mais precisamente na cidade de Novosibirski onde o escritório está situado.
Também no ano passado a WRU informou sobre a venda de um motor de grande porte, que partiu de uma encomenda vinda de uma das maiores mineradoras de ouro da Rússia, capaz de operar em temperaturas de até -50°C.
Destacando que a companhia já faz parte dos principais rankings de ESG (ambiental, social e de governança, na sigla em inglês), a WEG faz parte do grupo de empresas de capital aberto. Agora, analistas do mercado acreditam que essas empresas serão pressionadas por investidores e outras empresas do setor de rating sobre os negócios na Rússia.
Por esta razão, a WEG anunciou em nota sobre a decisão de suspender todo e qualquer novo negócio junto à Rússia até que as intenções do país sejam esclarecidas no que compete ao conflito e à extensão das sanções internacionais.
“A WEG apoia todos os movimentos que pregam a paz e buscam soluções pacíficas para o conflito”, declarou.
Empresas que romperam negócios com a Rússia
- Shell;
- BP;
- Equinor;
- TotalEnergies;
- Orsted;
- ExxonMobil;
- Volvo;
- Volvo Caminhões;
- Renault;
- Harley-Davidson;
- GM;
- BMW;
- Jaguar Land Rover;
- Daimler Truck;
- Nokian Tyres;
- Ford;
- Maersk;
- MSC;
- ONE;
- Hapag Lloyd;
- AerCap Holdings;
- BOC Aviation;
- Ups, FedEx e DHL;
- Boeing;
- HSBC;
- Visa e Mastercard;
- McKinsey;
- Apple;
- Ericson;
- Nokia;
- Meta;
- YouTube, Twitter e Microsoft;
- Disney, Warner e Sony;
- WEG;
- Sandvik;
- Adidas;
- Uefa.