Os efeitos econômicos da guerra entre Rússia e Ucrânia já podem ser vistos em itens essenciais. É o caso do barril de petróleo que já chegou à casa dos US$ 110 nesta quarta-feira, 2, gerando preocupação quanto ao abastecimento a nível mundial.
Na manhã de hoje, mais precisamente por volta das 09h15, o barril tipo Brent teve um aumento de 5,77%, passando a ser negociado por US$ 111,03. Enquanto isso, o do tipo WTI teve uma alta registrada em 5,51%, elevando o preço do petróleo para US$ 109,11.
Ainda hoje o barril tipo Brent atingiu o pico de US$ 113,02, o maior desde 2014. Por outro lado, o WTI registrou a média de US$ 110,18, também a maior dos últimos anos, neste caso, desde 2013. Estes são os dois principais indicadores de preços de petróleo, os quais estão em alta desde que a Rússia iniciou os ataques contra a Ucrânia na semana passada.
É importante mencionar que a Rússia é o terceiro maior produtor de petróleo de todo o mundo. Contudo, justamente devido à decisão de iniciar uma guerra militar, a Rússia tem sido alvo de uma série de sanções. A última delas resultou no bloqueio das exportações de produtos e insumos de origem russa.
Na oportunidade, John Kilduff, da Again Capital, alegou que enquanto a situação se intensificar na Ucrânia, a tendência é para que a alta dos preços permaneça. “Porque aumenta a probabilidade de que as exportações russas sejam sancionadas e se tornem inacessíveis”.
Por esta razão os operadores de petróleo bruto decidiram manter o foco em uma reunião prevista para acontecer nesta quarta-feira, 2. O encontro contará com a participação de produtores da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), composta por dez parceiros, entre eles a Rússia.
É importante explicar que a disparada nos preços do petróleo pressiona ainda mais a cobrança ao consumidor final no Brasil através da comercialização dos combustíveis. Isso porque, desde 2016 a Petrobras adotou uma política de preços baseada nas variações do preço do barril de petróleo no mercado internacional, bem como pelo câmbio.
O último reajuste nos preços dos combustíveis no Brasil ocorreu em 11 de janeiro. Agora, diante do atual cenário, a estatal declarou que irá monitorar os impactos provocados pela guerra entre Rússia e Ucrânia no petróleo antes de tomar qualquer decisão sobre novos reajustes.