A Secretaria Municipal de Saúde anunciou que a repescagem da vacinação contra COVID-19 será suspensa para os cariocas com mais de 40 anos. A iniciativa visa incentivar os moradores a comparecer aos postos de imunização no dia indicado.
Na última quarta-feira (25), o secretário de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, afirmou, em entrevista ao Bom Dia Rio, da TV Globo, que a repescagem para a vacinação contra a Covid-19 serão mais espaçada.
A nova regra passará a vigorar a partir da próxima semana, quando os cariocas de 40 anos ou mais já terão se vacinado. A medida tem como objetivo combater o fenômeno dos “sommeliers de vacina”.
Nessa ação as pessoas rejeitam o imunizante disponível no posto de vacinação ou no dia da repescagem, com o intuito de conseguir a vacina contra a Covid-19 que deseja. Diante disso, os municípios estão adotando medidas para inibir a iniciativa.
Segundo o secretário, as pessoas de 40 a 59 anos correspondem a 49% dos pacientes internados na cidade. Por esse motivo, a capital realiza repescagens diárias a fim de contemplar todo o grupo.
Após a vacinação desse grupo, a repescagem será suspensa, com o objetivo de obrigar as pessoas a comparecerem no seu dia específico nos postos de vacinação. Segundo Soranz, há pessoas que necessitam da repescagem devida a limitações especificas.
Porém, o secretário informou que os períodos de repescagem serão mais espaçados, focando nas pessoas que devem receber a vacina contra a Covid-19 naquela data específica. O secretário disse ao GLOBO que, após o grupo dos 40 anos, haverá poucas repescagens.
A meta é imunizar, no mínimo, 90% dos cariocas entre 40 e 59 anos. Porém, esse grupo é o que mais deixou de tomar a 1° dose por rejeitar a fórmula disponível. Segundo a Secretária Municipal de Saúde, das 819.557 pessoas esperadas, apenas 39.741 tomaram a dose.
Diante disso, à espera por um determinado produto está fazendo com que a campanha de vacinação atrase atrapalhando todo o processo e contribuindo para a propagação do vírus.
A sanitarista e mestre em Saúde Pública da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Ligia Bahia, acredita que acabar com a repescagem não é o melhor caminho.
Sendo assim, Ligia acredita que deveria ser feito uma campanha para incentivar a vacinação. Além disso, a campanha deveria explicar a importância da imunização e a eficácia de cada vacina.