Pelo menos 70% dos aposentados e pensionistas do INSS recebem um salário mínimo, dessa maneira, com a projeção do salário mínimo 2021 sendo aprovada, ou seja, o aumento de R$ 55, o salário do INSS também sofrerá reajuste.
Com o reajuste do salário mínimo para o próximo ano de R$ 1.100 os benefícios do INSS que tem como base de pagamento esse valor também terá aumento. Dessa maneira, os aposentados e pensionistas que recebem o piso terão um aumento de 4,10%.
Esse aumento no salário mínimo é apenas com base na inflação de 2020, portanto, não há um ganho real, só garantindo, segundo a equipe econômica do governo, liderada pelo ministro da economia Paulo Guedes, o poder de compra do brasileiro.
O salário mínimo será definido nos primeiros dias de 2021, com base no caixa do país e na inflação, por meio de Medida Provisória e aprovação do Congresso Nacional. Diante disso, já foram apresentados três valores, sendo o último de R$ 1.088.
Além das aposentadorias e pensões, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) também tem como base de cálculo o piso nacional, portanto, também sofrerá reajuste em 2021.
Mesmo com o aumento, o valor recebido, segundo especialistas, não está de acordo com o aumento dos produtos mais consumidos pelos brasileiros nos últimos meses e que só continua aumentando.
Reajuste para quem ganha mais de um salário do INSS
Esse grupo possui outro tipo de regra para o reajuste, portanto, não tem como base o salário mínimo nacional. O reajuste para quem recebe mais de um salário mínimo ocorre pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Atualmente, o acumulado do INPC está com uma alta de 3,93%, dessa maneira, está bem próximo do reajuste do salário mínimo. Porém, nos últimos meses o INPC sofreu uma alta de 5,20%. Dessa maneira, caso continue essa alta a média pode alterar e ultrapassar os 4,10%.
Caso isso ocorra, possa ser que quem ganha mais de um salário mínimo tenha um reajuste mais alto que o salário mínimo.
O INPC também é usado para calcular o teto pago pelo INSS, sendo assim, caso o índice permaneça em 4,10% o teto máximo passará de R$ 6.101 para R$ 6.351,20 no próximo ano.