Justiça aceita pedido de recuperação judicial de uma das principais cervejarias do Brasil

Após solicitação de recuperação judicial apresentado pela cervejaria Petrópolis, que detém as marcas Itaipava, Crystal, Petra e outras, a justiça do Rio de Janeiro aprovou, recentemente, o pedido.

Justiça aceita pedido de recuperação judicial de uma cervejaria do Brasil (Imagem: FDR)
Justiça aceita pedido de recuperação judicial de uma cervejaria do Brasil (Imagem: FDR)

A decisão foi emitida pela juíza Elisabete Longobard, da 5ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. “Determino a suspensão de todas as ações ou execuções contra as requerentes”, afirmou a juíza, estabelecendo prazo de 60 dias para apresentação do plano de recuperação judicial.

O grupo enfrenta uma crise de liquidez há 18 meses decorrente da redução de receita, segundo a solicitação da recuperação. Com isso, a empresa pediu urgência para bloquear cobrança de dívidas e liberar saldos bloqueados.

Em seu pedido, a cervejaria citou que a “redução do volume de vendas, da receita e das margens veio acompanhada do aumento incessante da taxa Selic, que gera um impacto de aproximadamente R$ 395 milhões por ano no fluxo de caixa“.

Atualmente, as dívidas da companhia somam R$ 4,2 bilhões, segundo sua defesa. Desse total, 48% são financeiras e 52% com fornecedores e terceiros.

Entenda o caso

No final do mês de março, o grupo Petrópolis, dono de marcas como Itaipava, Crystal e Petra, entre outras, entrou com pedido de recuperação judicial na Justiça do Rio de Janeiro.

No dia seguinte ao pedido, a 5ª Vara Empresarial da Justiça do Rio concedeu a liberação para antecipar os efeitos da recuperação judicial disputada pelo grupo do setor de bebidas. A decisão impediu a cobrança de dívidas do grupo e também nomeou os administradores judiciais.

Foram escolhidos os administradores que também estão trabalhando no caso da recuperação fiscal da Americanas, são a dupla Preserva-Ação e o Zveiter Advogados.

A Justiça também concedeu ao grupo uma tutela cautelar de urgência que determinou a liberação dos recursos da companhia pelo Banco Santander, Fundo Siena, Daycoval, BMG e Sofisa.

A companhia afirmava que a solicitação era urgente. O grupo destacou que o vencimento de uma parcela de R$ 105 milhões de uma operação financeira, que poderia acarretar o vencimento antecipado de toda a dívida e as operações do grupo de forma imediata.

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