Como assim? Maiores acionistas da Americanas estão ainda mais ricos

Mesmo após a revelação de um rombo bilionário nos balanços financeiros em janeiro, os três principais acionistas da Americanas continuam entre os mais ricos do Brasil, segundo a lista de bilionários da Forbes. E ainda viram suas fortunas crescerem.

Como assim? Maiores acionistas da Americanas estão ainda mais ricos (Imagem: FDR)
Como assim? Maiores acionistas da Americanas estão ainda mais ricos (Imagem: FDR)

Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles, os três principais acionistas da Americanas, ficaram mais ricos em 2023. O patrimônio líquido dos três aumentou em alguns milhões na comparação de 11 de março de 2022 com 10 de março de 2023. O ranking divulgado leva em conta as fortunas em 10 de março deste ano.

Quanto as fortunas cresceram?

Jorge Paulo Lemann perdeu o posto de homem mais rico do Brasil, mas o empresário segue em segundo lugar no ranking. No mundo, ele é a 108º pessoa mais rica do mundo. Apesar da crise da empresa, a fortuna dele aumentou. Foi estimada este ano em em US$ 15,8 bilhões. Em 2022, era US$ 15,4 bilhões.

Marcel Herrmann Telles segue com um patrimônio de US$ 10,6 bilhões, é o terceiro colocado na lista brasileira. No ranking mundial, ele e a família estão na 165ª posição. Em 2022, a fortuna foi estimada em US$ 10,3 bilhões.

Carlos Alberto Sicupira está na quinta posição no ranking brasileiro. Sicupira saltou da 251ª posição no ranking global anual de 2022 para a 232ª em 2023, com fortuna de US$ 8,6 bilhões, um pouco acima dos US$ 8,5 bilhões apurados no ano passado.

Como está o caso da Americanas

O trio de acionistas da Americanas ficou sob holofotes após o rombo da empresa ser revelado, que provocou uma desvalorização da ordem de 90% nas ações da varejista e a empurrou para um processo de recuperação judicial. Hoje, a dívida é de R$ 47,9 bilhões.

No final de março, a empresa apresentou um plano de recuperação. O projeto envolve um aporte de R$ 10 bilhões entre Lemann, Telles e Sicupira, que será importante para dar fôlego financeiro à empresa.

Ainda não há acordo em relação à nova proposta de aporte, mas ela representa um avanço após semanas de negociações truncadas. Os bancos acusam os acionistas da Americanas de participarem de uma fraude.

O plano foi apresentado sem que a empresa chegasse a um acordo com os bancos. Instituições como Bradesco, BTG Pactual, Itaú e Santander são os principais credores. Após ser apresentado à Justiça, o plano precisa ser aprovado por uma assembleia de credores.

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