Ninguém gostaria de precisar fazer um empréstimo, porém, quando este for necessário, o maior desejo é poder pagar o menos possível de juros, não é mesmo? Afinal de contas, o empréstimo funciona como se fosse um “aluguel de dinheiro”: você solicita a quantidade necessária e depois faz a devolução, com os respectivos juros. Ou seja, estes serão o valor a mais que você precisará pagar referente a toda esta operação.
Porém, muitas vezes os juros acabam sendo bem elevados. Por exemplo, de acordo com pesquisa da ANEFAC, a taxa de juros do cartão de crédito está em torno de 371,25% ao ano.
Isto significa que se você fizer uma compra no cartão de crédito de R$ 100 e só conseguir pagá-la um ano depois, ao invés de R$ 100 você pagará quase R$ 500!
Lembre-se que na hora de escolher um empréstimo, é muito importante se planejar financeiramente para conseguir pagá-lo. Além disso, comparar as condições envolvidas, tais como os juros, o valor da parcela e o prazo.
Claro que não podemos deixar de lado a relação entre a taxa de juros e o risco de crédito da operação, justamente por isso linhas de crédito com maiores garantias e menores riscos. Por exemplo financiamentos, que possuem juros mais baixos, mas ainda assim, estamos falando de taxas que podem pesar muito no bolso do tomador.
A Concentração Bancária
Um dos fatores que, historicamente, contribuiu para as altas taxas de juros no Brasil é a alta concentração bancária existente por aqui. De acordo com o Banco Central, em 2020 os cinco maiores bancos comerciais do mercado detinham 81,8% do mercado de empréstimo (ou seja, de cada R$ 100 emprestados, R$ 81,80 era por meio dos cinco grandes bancos) e 79,1% dos depósitos totais.
Recentemente, o presidente do Banco Central Roberto Campos Neto declarou que este índice já caiu para 71%, uma queda de 10% em 10 anos. E, o grande fator para esta queda possui um nome: as fintechs!
A concorrência faz bem para o mercado
As fintechs, soluções financeiras com base majoritariamente tecnológica, trouxeram uma grande concorrência para o mercado financeiro tradicional, dando maior acessibilidade, menos burocracia e alternativas para contratação de um serviço financeiro, como por exemplo de empréstimos.
De acordo com a Fincatch o Brasil possui, ao menos, 217 fintechs de crédito, oferecendo diferentes serviços que ajudam pessoas e empresas na hora de contratar um empréstimo ou um financiamento.
Ou seja, além das diversas instituições financeiras tradicionais, como bancos, financeiras e cooperativas de crédito, as fintechs de crédito se tornam mais uma opção para quem está buscando crédito.
O Banco Central criou dois formatos legais para fintechs que buscam trabalhar com o modelo de crédito: a Sociedade de Crédito Direto (SCD) e a Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP).
As SCD’s são instituições financeiras que têm por objetivo a realização de empréstimos, de financiamentos e de aquisição de direitos creditórios exclusivamente por meio de plataforma eletrônica, com utilização de recursos financeiros o capital próprio. A Creditas é um exemplo de fintech nesta modalidade.
Já as SEP’s são plataformas de empréstimos e de financiamento que as próprias pessoas emprestam entre si, modelo também chamado de “Peer to Peer (P2P) Lending”. A Nexoos é um dos exemplos que usam este modelo.
Além destas modalidades, os “marketplaces de crédito” também são grandes facilitadores da vida de quem quer um empréstimo. Estas plataformas atuam como correspondentes bancários de diversos bancos, financeiras e fintechs de crédito e, a partir de um único cadastro e uma única simulação, o usuário receberá diversas propostas, podendo compará-las e escolher aquelas com as melhores condições. O Bom Pra Crédito é um exemplo de plataforma nesta modalidade.
Percebe como não é mais necessário ficar “preso” a uma única instituição financeira na hora de buscar um empréstimo? O seu bolso agradece a comparação e a busca pela opção que tenha as melhores condições.