Com uma das maiores inflações da história, governo federal se ausência sobre responsabilidade. Na última semana, o ministro da economia, Paulo Guedes, alegou que o atual cenário de crise nacional não tem a ver com a gestão de Jair Bolsonaro. Ele atribuiu o encarecimento de produtos e serviços há outras questões. Confira.
O Brasil está vivendo uma das maiores crises econômicas das últimas décadas, mas Bolsonaro aparenta não ter responsabilidade sobre tal situação. De acordo com Paulo Guedes, o atual cenário é um fenômeno mundial que não deve ser visto como consequência da má gestão do atual governo.
“Vejam, a inflação é mundial, não tem nada a ver ‘ah, o governo Bolsonaro’… não, o mundo sofreu um choque adverso”, afirmou. “A inflação vai subir de novo ano que vem? Não. Vai descer porque agimos primeiro.”
O ministro enfatizou o fato de que sua gestão vem tentando reduzir o encarecimento dos serviços e produtos, através do corte de impostos. Em evento, mencionou ainda que o Banco Central subiu os juros para enfrentar a inflação antes de outros países e que o governo reduziu seu déficit fiscal.
De acordo com Guedes, o Brasil está crescendo menos este ano exatamente por ter agido antes.
Desemprego e inflação
Enquanto o líder econômico nega sua responsabilidade, a população permanece sentindo os impactos da inflação. O país vem registrando um crescimento continuo no desemprego, a gasolina vem sendo vendida a mais de R$ 7 e a população cada vez mais tem seu poder de compra e venda reduzido.
A previsão até o fim do ano, ainda enfrentando uma campanha eleitoral, não é otimista. Analistas econômicos alegam que o país permanecerá em crise, sem estimativas de melhorias ao longo dos próximos meses.
A nível nacional, a principal motivação é o atual cenário de instabilidade política e social. O governo Bolsonaro passou por diversas polemicas e tem sido fortemente criticado justamente pela falta de eficácia diante de uma crise humanitária que afeta todo o mundo.
No entanto, Bolsonaro e sua equipe usam da pandemia do novo coronavírus e, recentemente, do conflito entre Rússia e Ucrânia, para se ausentar das suas responsabilidades, culpabilizando ambas as ocasionais que motivaram a atual realidade econômica nacional.