A expectativa é grande em torno da liberação do saque de até R$ 1.000 do FGTS. Até agora, o governo não divulgou muitos detalhes sobre a medida, mas já se sabe que ela deve ser anunciada oficialmente na próxima semana.
O saque do FGTS fará parte de um pacote de ações que visam estimular a economia e que também inclui isenção e diminuição de impostos e criação de linhas de crédito para empreendedores.
A seguir, reunimos o que já se sabe sobre a medida e como ela deverá funcionar.
Qual será o valor do saque?
Membros do governo já adiantaram que o objetivo é liberar saques de até R$ 1.000 do FGTS. Já o valor mínimo para saques seria de R$ 500.
Quem pode sacar?
Trabalhadores com carteira assinada que tenham no mínimo R$ 500 no FGTS. Assim como nas outras vezes em que o governo liberou um saque semelhante, deve ser possível retirar dinheiro tanto de contas ativas (do emprego atual), quanto de contas inativas (de empregos anteriores).
A expectativa é que a medida contemple 44 milhões de trabalhadores, que poderiam, juntos, injetar cerca de R$ 30 bilhões na economia.
Quando serão liberados os saques?
O governo ainda não divulgou as datas para realização do saque, mas a expectativa é que seja adotado um calendário semelhante ao das últimas rodadas de saque emergencial. Nelas, os saques foram liberados conforme o mês em que o trabalhador faz aniversário.
No último saque emergencial do FGTS, ocorrido em 2020, os trabalhadores nascidos em janeiro puderam sacar a partir de 25 de julho daquele ano, enquanto os nascidos em dezembro só tiveram acesso ao recurso em 14 de novembro.
Quais as outras formas de usar o FGTS?
O saque emergencial de até R$ 1.000 do FGTS, caso seja confirmado, não será obrigatório e não impedirá o acesso às outras modalidades de saque do fundo.
Atualmente, os trabalhadores podem optar entre o saque-aniversário e o saque-rescisão. O primeiro permite a retirada de uma parcela do FGTS no mês de aniversário do trabalhador. Já o segundo corresponde à modalidade convencional de saque, que garante acesso integral aos recursos do fundo em caso de demissão sem justa causa, entre outros eventos.
Qual o objetivo da medida?
De acordo com o governo, o objetivo principal da medida seria estimular a economia, num ano em que se espera baixo crescimento ou mesmo queda do PIB e aumento da inflação. Além disso, ela poderia ajudar trabalhadores endividados, especialmente aqueles cujas dívidas apresentam juros maiores que o rendimento do FGTS (atualmente em 3% ao ano).
Por outro lado, muitos analistas criticam a medida, por dois motivos principais. Alguns acreditam que ela teria motivação puramente eleitoral. Já outros defendem que o limite de R$ 1.000 para saques é insuficiente enquanto estímulo para a economia.