Vai ter greve? Servidores devem parar na próxima terça (18); entenda

A disputa por um reajuste salarial entre os servidores federais tem dado o que falar. A promessa da classe é para que a greve, já aderida por várias categorias, seja ampliada na próxima terça-feira, 18. 

Tudo começou após declarações contraditórias por parte do Governo Federal. Pois enquanto a equipe econômica dizia ter a intenção de vetar qualquer proposta de reajuste salarial devido à falta de verba, por outro lado o presidente da República, Jair Bolsonaro, declarava sem preocupações e a plenos pulmões que iria oferecer um aumento aos policiais federais. 

Em determinado momento, a oferta chegou a receber o aval do Congresso Nacional, no que compete à liberação de uma determinada verba no Orçamento de 2022. A iniciativa tinha justamente o propósito de liberar o aumento no salário dos servidores da área de segurança pública no âmbito federal.

Foi então que outras categorias se revoltaram, alegando descaso por não terem sido incluídas nesta medida. Muito pelo contrário, algumas delas tiveram cortes no orçamento, como aconteceu na Receita Federal. Inclusive, foram os servidores do fisco que deram início à greve que se estende até o presente momento. 

Até a última quarta-feira, um total de 1.288 servidores da Receita Federal já haviam entregado os cargos de chefia em protesto contra o reajuste salarial dos agentes de segurança pública. O número consiste em mais da metade de todos os cargos de chefia de todo o setor, que chega a dois mil.

É importante explicar que esses funcionários continuam sendo servidores federais e recebem seus salários mesmo durante a greve. No entanto, abriram mão de receber a comissão voltada aos cargos de chefia do fisco. 

Com a mesma motivação, outras categorias de servidores decidiram tomar a mesma atitude. Segundo informações do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), responsável por representar os funcionários públicos federais, aproximadamente, 19 categorias também devem aderir à paralisação prevista para acontecer no próximo dia 18.

Enquanto isso, na tentativa de amenizar a situação, o ministro da Economia, Paulo Guedes, participou de uma reunião nesta quinta-feira, 13, junto a representantes de auditores fiscais. 

Contudo, o encontro não foi bem sucedido e terminou com vários servidores frustrados com a falta de determinação em solucionar o problema de pagamento do bônus de eficiência reivindicado pela categoria. Na ocasião eles ainda mencionaram o acirramento do movimento de protesto. 

Portanto, ainda não está claro se o presidente pretende ou não se posicionar sobre o tema nos próximos dias. Mas recentemente, ele chegou a negar a garantia de um reajuste salarial aos policiais federais, tendo em vista a amplitude das consequências de sua fala.

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Laura AlvarengaLaura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.
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