Greves em 2022: servidores públicos vão parar em janeiro

Na última quarta-feira (29), o Fonacate aprovou o calendário de mobilização da categoria de servidores públicos de 2022. As greves em 2022, previstas para janeiro, visam reajuste salarial. A primeira data de paralisação está prevista para acontecer no dia 18 de janeiro.

O Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) definiu o calendário de greves em 2022 para a categoria de servidores públicos. Além disso, definiu assembleias em fevereiro para deliberar sobre uma greve geral.

As greves em 2022 dos servidores públicos visam o reajuste salarial. A iniciativa foi tomada após o presidente Jair Bolsonaro (PL) destinar R$ 1,7 bilhão para reajuste apenas de policiais federais.

A ação do presidente teve como intuito amenizar as reivindicações da categoria e diminuir a ameaça de greve. Porém, assim como o ministro da Economia, Paulo Guedes, havia avisado a Bolsonaro um efeito cascata acabou acontecendo.

Outras categorias de servidores públicos que estão sem reajuste salarial há anos começou a pressionar o governo para ser beneficiados pela ação presidencial. Porém, Bolsonaro não repensou a ação e só destinou o reajuste aos policiais federais.

Com isso, outros servidores estão planejando greves em 2022, a fim de conseguir aumento salarial por meio de pressão. Sendo assim, na última quarta-feira (29), a Fonacate aprovou o calendário de paralisações.

A Fonacate congrega 37 entidades associativas e sindicais, representando cerca de 200 mil servidores públicos. Entre eles estão: diplomatas, analistas do Tesouro Nacional, auditores do trabalho e peritos.

De acordo com o calendário aprovado inclui duas paralisações para as primeiras duas semanas do mês de janeiro. Além disso, o Fonacate prevê a promoção de entregas de cargos em comissão, nos órgãos de atuação e outras manifestações.

Em comunicado, o Fonacate afirmou que a maioria dos servidores federais está com salário congelado desde 2017. Com o aumento da inflação esses trabalhadores tiveram uma perda de 27,2%, considerando o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

De acordo com o documento, convocações e realizações de assembleias de cada categoria estão previstas para acontecer entre os dias 10 a 14 de janeiro. O presidente do Fonacate, Rudinei Marques, informou que essas formalidades são necessárias para que a categoria possa parar as atividades dentro da lei.

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Glaucia Alves
Formada em Letras-Inglês pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Atuou na área acadêmica durante 8 anos. Em 2020 começou a trabalhar na equipe do FDR, produzindo conteúdo sobre finanças e carreira, onde já acumula anos de pesquisa e experiência.