Atualmente, a conta de luz está com a bandeira vermelha – patamar 2, devido a crise híbrida. Porém, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o preço ainda deve ficar mais cara no próximo ano.
A Aneel informou que em 2022 a conta de luz irá aumentar até 16,68%. Essa projeção foi feita pelo superintendente de Gestão Tarifária da agência, Davi Antunes Lima, durante audiência pública da Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados.
A causa que levará a esse aumento será a crise hídrica enfrentada pelas hidrelétricas, devido à pior estiagem dos últimos 91 anos. Sendo assim, será necessário ativar as usinas termoelétricas.
Além disso, o aumento do consumo de luz, com a retomada das atividades econômicas, contribui para a crise. Segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), em o consumo de energia no Brasil cresceu 12,5% em junho, em relação ao mesmo período de 2020.
Diante do atual cenário e da projeção nada animadora, a Aneel começou a estudar algumas medidas para amenizar os impactos financeiros aos consumidores. Segundo a agência, caso seja possível realizar essas ações, o aumento será de 10,73% em 2022.
Atualmente, a bandeira vermelha – patamar 2 está custando R$ 9,49 a cada 100 kWh consumidos. Esse valor foi resultado do reajuste de 52% feito pela Aneel. Em justificativa, a diretora da empresa, Elisa Bastos, afirmou que o reajuste é para bancar as medidas realizadas para gerar energia.
Exemplo disso é a geração térmica e a importação de energia de países vizinhos. É esperado que o reajuste faça os consumidores adotarem medidas de economia em casa, assim como as empresas e estabelecimentos comerciais.
Com isso, a esperança para controlar a crise híbrida é a mudança de atitude do povo brasileiro e a chegada do período de chuvas. No Brasil o período de chuvas começa entre fim de setembro e início de outubro.
O aumento na conta de luz no mês de julho contribuiu para a alta de 0,96% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Esse índice é calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apenas a conta de luz correspondeu a 0,35% da taxa de julho, sendo o maior impacto individual no IPCA.