Após as sequentes altas na taxa Selic, bancos aumentam taxas de juros dos financiamentos imobiliários. As principais instituições financeiras privadas do Brasil elevaram a taxas entre 0,5 e 1 ponto percentual. Anteriormente, por conta da mínima histórica Selic, o cenário se mostrava favorável.
Anteriormente, a taxa básica de juros, a Selic, apresentava a mínima histórica. Contudo, desde janeiro, ela saiu de 2% ao ano para 5,25%. O número atual representa a quarta elevação. Além disso, há a tendência de o aumento continuar.
Diante disso, o cenário do financiamento imobiliário tem mudado, e bancos passaram a repassar os valores para os clientes.
As principais instituições bancárias privadas do país — Santander, Bradesco e Itaú — passaram a aumentar as taxas do financiamento imobiliário. A alta foi por volta de 0,5 a 1 ponto percentual, o que indica números próximos a 8% ao ano.
Anteriormente, a taxa média de juros indicava o menor patamar histórico, próximo a 7% ao ano, segundo o Estadão. Ainda assim, vale destacar que os novos valores estão abaixo do existente anos atrás. A média era cerca de 9% a 10%.
Principais bancos privados aumentam taxas de juros dos financiamentos imobiliários
O banco Santander optou pelo aumento da taxa de juros de 6,99% ao ano mais Taxa Referencial (TR) para 7,99% ao ano. Esta medida vale para os novos contratos desde o início de julho.
O Bradesco decidiu passar de 6,9% + TR para 7,1% ou 7,3% — dependendo do nível de relacionamento do cliente com o banco.
Já o Itaú Unibanco elevou de 6,9% ao ano + TR para 7,3% ao ano + TR. Por outro lado, o banco decidiu diminuir o juro na linha corrigida pela caderneta de poupança — em vez da Taxa Referencial. Com o aumento deste indexador, o Itaú reduziu a taxa de juros de 3,95% ao ano para 3,45%.
No entendimento do diretor sênior da agência de classificação de risco Fitch Ratings, Cláudio Gallina, ao Estadão, essa elevação nas taxas de juros é uma ação já esperada no mercado.
Segundo ele, com a alta da taxa Selic, há o aumento de captação para os bancos. Consequentemente, as instituições financeiras precisam alterar os preços das suas respectivas operações de crédito.