Em ano de pandemia e crise na saúde pública, plano de saúde teve alto reajuste

De acordo com o levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) o plano de saúde coletivo teve um reajuste de quase o dobro do individual, em comparação ao ano passado.

Em ano de pandemia e crise na saúde pública, plano de saúde teve alto reajuste
Em ano de pandemia e crise na saúde pública, plano de saúde teve alto reajuste (Imagem: Karolina Grabowska/Pexels)

O levantamento foi realizado com base nas cinco empresas que apresentam o maior número de reclamações por parte dos consumidores.

Foi apurado que o reajuste do plano de saúde ultrapassou o limite determinado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Mas não é apenas ultrapassar o limite de reajuste determinado, pois as empresas quase que dobraram o valor agora cobrado. Foram analisadas as empresas: SulAmérica, Bradesco Saúde, Amil, Unimed Central Nacional e Unimed Rio.

Essas empresas são as que mais possuem reclamações no Idec. Por esse motivo, foram selecionadas para serem analisadas, com o intuito de verificar os serviços e cobranças.

É possível perceber a disparidade “entre os reajustes aplicados aos planos coletivos e o índice máximo de reajuste determinado pela ANS para os planos individuais”, declarou o Idec.

A Unimed Rio foi a empresa que apresentou o maior índice de reajuste. De acordo com a pesquisa, o aumento de 14,55%. É importante saber que a ANS determina que o reajuste anual seja de, no máximo, 8,14%.

Dessa maneira, a Unimed Rio aumentou a cobrança do plano de saúde mais de seis pontos do que é permitido. O reajuste dessa empresa ficou mais de 12 pontos acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Seguido da Unimed Rio está o Bradesco Saúde que apresentou um reajuste de 12,38%. O terceiro lugar no pódio dos aumentos no plano de saúde ficou a empresa SulAmérica, com 11,03%. Por fim, a Amil e a Unimed Central Nacional tiveram reajuste de 10.80% e 7,66%, respectivamente.

No geral, a média do reajuste nos planos coletivos foi de 11,28%. Dessa maneira, isso mostra que o aumentou superou, em mais de três pontos, o que é delimitado pela ANS para os planos individuais. “… a maior fatia do setor de saúde suplementar está completamente fora de controle”, afirmou o Idec.

Mesmo sendo um alto reajuste esse não foi o maior já registrado. Isso porque, em 2018 o aumento médio foi de 17,04% e o índice máximo para os planos individuais foi de 10%.

Glaucia AlvesGlaucia Alves
Formada em Letras-Inglês pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Atuou na área acadêmica durante 8 anos. Em 2020 começou a trabalhar na equipe do FDR, produzindo conteúdo sobre finanças e carreira, onde já acumula anos de pesquisa e experiência.