Representante do governo federal garante ampliação no número de pessoas vinculadas ao Bolsa Família. Nessa segunda-feira (24), em entrevista exclusiva concedida para a TV Brasil, a ministra-chefe da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, informou uma série de mudanças nos projetos sociais brasileiros.
Trabalhando para estreitar sua agenda social, o atual governo federal permanece anunciando mudanças para o Bolsa Família. De acordo com Flávia Arruda, a proposta de reformulação do programa já está encaminhada para a Câmara e tratada com caráter urgente. Ela explicou que o principal ponto é o aumento no valor dos benefícios e número de contemplados.
“Não existe uma disputa de protagonismo e sim uma coisa prática, necessária e urgente, que eu acho que é a ampliação não só do valor, mas também dos beneficiários. Com essa pandemia e com o auxílio emergencial, milhões de brasileiros que eram invisíveis passaram a ser vistos pelo governo e a gente sabe da necessidade que tem dessa ampliação da distribuição de renda”, disse a ministra-chefe.
Ministério da Economia reorganizará as finanças
Ainda de acordo com Flávia, o ministro Paulo Guedes está ciente da proposta e vem reorganizando o orçamento público federal para garantir a manutenção do Bolsa Família.
Segundo ela, nesse momento de crise a concessão de recursos para quem é de baixa renda se tornou prioridade na agenda administrativa.
“Milhares de famílias perderam o emprego, milhares de famílias passaram de pobreza para extrema pobreza, existe a possibilidade [de mudança no programa]. O cobertor é curto, mas dá para ajustar porque o presidente [Jair Bolsonaro] e o governo sabem da importância que é nesse momento da ampliação não só do valor quanto dos beneficiários”, disse.
Prazo para implementação
Diante da concessão atual do auxílio emergencial, espera-se que as mudanças no Bolsa Família ocorram entre os meses de agosto e setembro. Até lá a equipe econômica deverá aplicar um processo de triagem nos contemplados do coronavoucher para que alguns se mantenham na folha orçamentária.
Inicialmente o valor de base que deverá ser mantido no Bolsa Família será de R$ 250, ou seja, R$ 60 a mais do que a atual quantia média. Já o critério de renda mínima para inclusão deverá ser reajustado de R$ 80 para R$ 100.