- Número de casos do Covid-19 têm aumentado em todo Brasil;
- Maiores registros são feitos nos estados do Norte e Nordeste;
- Para conter avanço, população deve evitar sair de casa e usar máscara.
Muito se fala sobre a possibilidade de uma segunda onda de contaminação do novo coronavírus no Brasil, uma vez que a pandemia não chegou ao fim e as medidas restritivas de convivências estão menores e não estão sendo respeitadas. O Brasil não é o único país alvo desta onda, visto que a Europa, por exemplo, já a enfrenta.
A possibilidade da segunda onda no nosso país vem atrelada ao comportamento da população. Nos últimos meses, por exemplo, não é difícil ver o aumento no número de casos da doença.
A procura por exames de Covid-19, por exemplo, também aumentou em 30% no estado de São Paulo e 50% no estado do Rio de Janeiro nos primeiros dias deste mês.
Em outubro, a taxa de positividade dos exames realizados nas suas unidades era de 19%.
Quinze dias depois, a taxa está em 27%. Se for feita uma avaliação, pode-se equiparar que, a cada 100 exames de outubro, 19 eram positivos, enquanto a média subiu para 27 positivos em novembro – um crescimento de 42%.
Um levantamento da Fundação Oswaldo Cruz mostra que nove das 27 capitais brasileiras registram um aumento no número de casos, com agravamento para as regiões Norte e Nordeste: Florianópolis, João Pessoa e Maceió. Já em Belém, Fortaleza, Macapá, Natal, Salvador e São Luís, a alta é “moderada”.
De acordo com o mesmo levantamento, as maiores acelerações da pandemia nos estados quando comparado a atual média móvel diária de mortes com o mesmo indicador registrado há duas semanas são em: Roraima (+1.000%), Amapá (271%), Paraná (179%), Rio Grande do Norte (+163%), Mato Grosso (87%), Tocantins (62%), Acre (50%), São Paulo (42%), Distrito Federal (33%) e Rondônia (28%).
Um levantamento da ferramenta Info Tracker, desenvolvida por pesquisadores da USP e da Unesp também mostra um aumento. Dessa vez, em relação às internações na rede pública do estado de São Paulo: 9%.
Na Baixada Santista, o aumento é de 23%, e na região norte da Grande São Paulo, de 37%. Na rede privada, há crescimento de 40% no volume de internações nos principais hospitais paulistanos.
O número de casos no estado também voltou a crescer ao logo dos últimos 10 dias. No domingo (15), dia de eleição, foram 28.425 casos, o maior patamar desde 24 de setembro de ano.
O que já vivemos até hoje?
De acordo com dados divulgados pelas Secretarias Estaduais de Saúde e atualizados na segunda-feira (16), às 18h, estes são os seguintes dados por regiões:
Nordeste
Número de casos: 1.544.079
Óbitos: 43.374
Incidência por 100 mil habitantes: 2705,5
Mortalidade: 76,0
O que fazer para conter a segunda onda?
Assim como vem sendo instruído desde o início deste ano, recomenda-se que, na tentativa de conter o avanço do novo coronavírus, a população faça uso obrigatório de máscaras em todos os locais, higienize as mãos habitualmente com álcool em gel 70% e respeite o distanciamento de um metro e meio entre as pessoas.
Embora diversos lugares tenham sido reabertos, a orientação é que a população saia de casa apenas em caso de necessidade. Uma alternativa é tentar resolver as pendências através das plataformas digitais.
Se for sair para lazer, evitar locais pequenos ou que possam causar aglomerações, priorizando lugares maiores e mais ventilados.