Em processo de recuperação da pandemia, governo de Pernambuco deverá dar assistência ao setor de eventos. Nessa terça-feira (2), a praça do Derby, localizada na região central do Recife, recebeu uma manifestação dos profissionais de eventos que clamavam pela retomada das atividades. Muitos alegaram que estão sem fonte de renda desde o mês de março e precisam ter ao menos uma esperança para se manter nesse período de crise.
O estado de Pernambuco foi um dos primeiros a aderir ao isolamento social. Ainda no mês de março, quando detectado o primeiro caso de covid-19, a gestão estadual optou por paralisar as atividades que gerassem aglomerações acima de 50 pessoas, fazendo com que o setor de eventos ficasse paralisado.
No entanto, meses se passaram e até o momento não houve nenhum diálogo com essa categoria. Insatisfeitos e gravemente afetados pela decisão pública, os profissionais ocuparam as ruas pedindo para que os eventos pudessem voltar a ser realizados.
A manifestação contou com cartazes, muitos estavam fantasiados e apresentavam pedidos de visibilidade.
De acordo com a Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU), o protesto saiu do Derby por volta das 10h30 e se dirigiu até o Palácio das Princesas, no centro da cidade.
Entre os manifestantes, estava o Palhaço Ronne. Segundo ele, sua agenda ficou totalmente travada, tendo em vista que o governo proibiu a realização dos eventos. Mediante a publicação do decreto, ainda em março, suas festas foram reduzidas de 20 mensais para 0.
“Nesse momento pandêmico, a gente parou. Muitas pessoas dependem dessa fonte de renda”, disse o profissional.
Outro grupo também insatisfeito foram os profissionais do setor de buffets. Alguns alegaram que tiveram prejuízos com a suspensão de contratos, outros conseguiram remarcar as festas, mas ainda assim, sem previsão do retorno, fica difícil manter os clientes.
“O último evento que eu fiz foi em março. Alguns adiaram e outros cancelaram“, disse a empresária Ana Paula Góes.
Resposta do governo de Pernambuco
Questionada pelo portal G1, a Casa Civil informou que está trabalhando para que esse setor volte a funcionar.
De acordo com Eduardo Figueiredo, secretário-executivo de Articulação e Acompanhamento “protocolos de retomada da atividade estão sendo analisados e discutidos no Comitê Socioeconômico de Enfrentamento ao Coronavírus”.