O presidente da república, Jair Bolsonaro (sem partido) declarou que “O salário mínimo é pouco para quem recebe e muito para quem paga”. A declaração aconteceu na quarta-feira (28), no Jardim do Palácio da Alvorada, em reunião com simpatizantes do governo Bolsonaro.
Durante uma conversa com apoiadores na noite de quarta-feira (28) o presidente Bolsonaro declarou que a mão de obra no Brasil “é a mais cara do mundo”, sendo difícil ser patrão no país e completou que o “salário mínimo é pouco para quem recebe e muito para quem paga”.
O chefe do Executivo declarou “Quanto custa a mão de obra no Brasil? Quem é patrão aqui? Você sabe o que é ser patrão, né? É muito bacana você falar: meus direitos. Agora, vai ser patroa, é a mão de obra mais cara do mundo. Vão dizer agora que eu sou contra o trabalhador aqui, vai publicar que eu sou contra o trabalhador”.
Durante a reunião com simpatizantes, o presidente ouviu reclamações de empresários sobre a carga tributária.
Em contrapartida, declarou o presidente, “O salário mínimo é pouco para quem recebe e muito para quem paga. Agora isso aí é escândalo na imprensa. Se os caras me virem falando isso aí… [vão dizer que sou] contra o salário mínimo”.
No início do ano, o presidente já tinha feito uma declaração parecida no seu twitter, “O nosso salário mínimo é pouco para quem recebe e muito para quem paga. Uma eterna discussão entre direitos e deveres”.
Além disso, citou o reajuste mínimo na Venezuela, de 66% (equivalente a R$ 15) e completou “ninguém de Roraima [está] fugindo para a Venezuela, milhares de socialistas brasileiros indo curtir férias nos Estados Unidos”.
As declarações foram feitas quando se deu o início das discussões sobre o reajuste do salário mínimo para 2021. Além das reclamações sobre o salário mínimo, na reunião com empresários apoiadores do governo, foi discutida a recuperação da economia durante a pandemia.
O presidente falou das medidas adotadas pela sua equipe, com o intuito de ajudar o país a se reerguer economicamente, após a pandemia de Covid-19. Além disso, ouviu as dificuldades encontradas pelos empresários durante o período de calamidade pública.