Com um início de ano conturbado, muitos brasileiros estão procurando como podem mudar o rumo nas despesas e iniciar um planejamento financeiro.
Se você deseja terminar o ano melhor do que começou, quitando dívidas antigas e começando a investir, o primeiro passo é fazer um profundo e sincero diagnóstico da sua vida financeira.
Confira se você se identifica com alguns “sintomas” de quem está mal organizado financeiramente:
- A conta parece um saco sem fundo! Mesmo nos meses em que recebo mais, não sei para onde vai todo o dinheiro.
- Sinto que com o meu salário poderia ter um padrão de vida muito melhor se não tivesse tantas contas.
- Tento guardar todos os meses, mas nunca me sobra nada.
- Sei que planejar minha aposentadoria é importante, mas ainda não comecei nenhum plano de investimento.
Se você se identificou com uma ou mais afirmações dessa lista, é sinal de que precisa dar mais atenção a sua vida financeira.
O planejamento financeiro não é uma receita mágica que vai te deixar rico do dia para noite, pelo contrário, é uma maneira prática de se organizar e lidar melhor com o seu dinheiro.
Independente de quanto você ganha, ter um bom planejamento financeiro pode te trazer uma série de benefícios:
- Conquistar sonhos financeiros sem precisar se endividar em excesso;
- Ter um sono tranquilo sabendo que todos os seus compromissos financeiros serão quitados;
- Pagar mais barato em compras e viagens por comprar com antecedência.
Enfim, são uma série de vantagens que estão ao alcance se você conseguir se planejar. Não que seja um processo rápido e fácil, pelo contrário, leva um tempo e pode ter suas dificuldades, mas também recompensa quem leva o planejamento até o fim.
Se você quer começar a se planejar melhor, confira os primeiros passos para cuidar melhor do seu dinheiro e organizar suas finanças.
1 – Nunca gaste mais do que ganha
O primeiro passo é o mais simples e também o mais importante, não gastar mais do que ganha.
Utilizar muito o cartão de crédito ou o cheque especial pode mascarar os seus gastos e te dar sensação de que vai poder pagar por tudo que gastou no último mês, mas o ideal é ter um controle mais rígido de quanto ganha e de quanto ganha.
Nem sempre temos a ideia correta de quanto ganhamos e muito menos de quanto gastamos exatamente todos os meses.
Por isso, para ter certeza que você está cumprindo o primeiro passo é importante contabilizar todas as suas entradas e saídas.
Isso nos leva ao segundo passo:
2 – Ter e acompanhar seu fluxo de caixa
Praticamente em todos os artigos sobre finanças, lembro da importância de contabilizar todos os meses, o que entra e sai da sua conta.
Se você pensar em como é duro conseguir o seu salário todos os meses, terá de concordar que não é justo deixar que o seu dinheiro vá embora sem saber para onde foi.
Por isso é tão importante contabilizar tudo, cada saque e transação no débito e no crédito. Mesmo os pequenos gastos quando colocados juntos podem fazer muita diferença em quanto vai sobrar ou faltar no final do mês.
Só após saber suas reais receitas e gastos que você pode começar a entender para onde está indo o seu salário e se é realmente assim que quer gastá-lo daqui para frente.
A partir do seu fluxo de caixa é que você pode começar a planejar os próximos meses, isso nos leva para o 3º passo.
3 – Separe os seus gastos fixos dos variáveis
Gastos fixos são aquelas contas que mesmos com algumas mudança precisam ser pagas todos os meses.
São exemplos de contas fixas:
- Aluguel;
- Energia;
- Combustível e etc
Os gastos variáveis são aqueles que podem ser maiores ou menores, é neles que você pode realizar reduções para sobrar para outras coisas.
4 – Pense no futuro antes do presente
Embora pareça vago, essa regra significa pensar primeiro em guardar alguma coisa para o futuro antes de gastar com algo no presente.
A ordem como você gasta o seu dinheiro é um pequeno detalhe que pode te ajudar a começar a poupar todos os meses, a melhor ordem é:
- Contas e gastos essenciais: Água, luz, financiamento, internet, condomínio, escola, curso e etc;
- investimento: Separe a quantia que você definiu que consegue guardar todos os meses (poupança, tesouro direto e etc);
- Gastos variáveis e não essenciais: Comer fora, happy hour, roupas novas e etc.
Após separar os seus gastos e definir quanto você pode poupar todos meses, você vai começar a ter um valor para ser investido.
Para isso você precisa saber onde começar a investi, esse é o 5º passo.
5 – Monte a sua reserva de emergência
A reserva de emergência é o primeiro investimento que devemos fazer, serve justamente para cobrir imprevistos ou gastos inesperados que precisam ser pagos.
Ter uma reserva de emergência te ajuda a não perder todo o trabalho de planejamento que você teve e precisar começar do zero.
Os melhores investimentos para fazer a sua reservas de emergência são aqueles mais seguros e que podem ser resgatados a qualquer momento.
Exemplos de investimentos para reserva de emergência: Tesouro Selic e Fundos DI.