Nubank faz importante declaração em relação ao caso da falência do banco SVB

O Nubank, diante da falência do banco americano Silicon Valley Bank (SVB), decidiu se pronunciar para acalmar os investidores. A fintech se pronunciou pois a falência do banco americano pode trazer efeitos para empresas de tecnologia brasileiras. Saiba o que foi dito.

O Nubank, como uma maneira de acalmar os acionistas, emitiu um comunicado no último sábado, 11, dizendo que nem a Nu Holdings, sua controladora, nem nenhuma das suas subsidiárias possuem qualquer exposição ao SVB.

SVB

O banco SVB, que tinha foco no atendimento de empresas da área de tecnologia, possuía entre seus clientes startups do Brasil que recebiam os investimentos de fundos de venture capital (capital de risco) através das suas contas no banco falido.

De acordo com a apuração da Bloomberg Línea, algumas dessas empresas braseiras não conseguiram sacar a tempo seus recursos da instituição. Segundo o portal, existem empresas com mais de US$ 10 milhões depositados no SVB e que, mesmo que tenham solicitado resgate antes da falência do banco, ainda não receberam os fundos.

Como as quantias a serem devolvidas são altas, isto se torna um problema, já que nos EUA a FDIC (Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC), o que seria o nosso Fundo Garantidor de Créditos nos EUA, só cobre depósitos com valor de até US$ 250 mil por cliente.

Desta forma, aqueles que possuem valores não cobertos a receber devem entrar na fila de credores da massa falida e não contam com nenhuma garantia de que irão reaver os valores e ainda com risco de enfrentar um processo que pode levar anos.

Nos últimos dias, o SVB passou por uma corrida bancária após anunciar um plano de aumento de capital como forma de cobrir um rombo de cerca de US$ 2 bilhões após a venda de títulos com prejuízo. Os papéis de renda fixa estão atravessando uma fase de forte desvalorização nos Estados Unidos por conta do crescimento dos juros.

Com isso, os clientes começaram a pedir o resgate dos recursos depositados no banco, o que adiantou a falência do banco, por conta de sua incapacidade de dar conta todos os saques de uma vez.

De acordo com a apuração do Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Estadão, startups do Brasil que possuíam reservas no SVB iniciaram os pedidos de resgates já na quinta, 9, mas segundo revelou a Bloomberg Línea, nem todas elas conseguiram receber.

Paulo AmorimPaulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.