A equipe de transição do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, estuda a possibilidade de retomar o programa Mais Médicos. A informação foi confirmada pelo senador Humberto Costa, um dos coordenadores do grupo temático da saúde no futuro governo do petista.
O programa Mais Médicos foi criado no ano de 2013, durante a gestão da ex-presidente Dilma Rousseff. O projeto foi implementado para que o setor de saúde tivesse condições de suprir a própria demanda, sobretudo em regiões menos assistidas, sem precisar recorrer a profissionais de outros países.
“Você tem hoje uma formação maior de médicos no Brasil do que havia antigamente. Tem muito médico cubano que ficou e não está exercendo a profissão, tem que ver se há uma solução para isso. Tem muito médico brasileiro que fez curso lá fora e não revalidou o diploma”, disse o senador.
Ele ainda afirmou que as tratativas envolvendo o setor de saúde não se limitam ao Mais Médicos. A equipe de transição de Lula também estuda o uso da rede privada para acabar com a fila de espera do Sistema Único de Saúde (SUS), uma das promessas de campanha do petista.
É importante reforçar que, apesar da declaração feita pelo senador, não há nenhuma confirmação ou aprofundamento técnico sobre o retorno do programa Mais Médicos. O objetivo principal é a viabilização de oferta de médicos em regiões com deficiência de profissionais da saúde.
Em resumo, o intuito é reformular o Mais Médicos sem precisar de médicos imigrantes. “Você tem hoje uma formação maior de médicos no Brasil do que havia antigamente”, concluiu.
Qual é o objetivo do Mais Médicos?
A iniciativa prevê a melhoria em infraestrutura e equipamentos para a saúde, a expansão do número de vagas de graduação em medicina e de especialização/residência médica, o aprimoramento da formação médica no Brasil e a chamada imediata de médicos para regiões prioritárias do SUS.
Para levar médicos imediatamente às localidades com escassez de profissionais, o programa Mais Médicos passou a garantir o atendimento da necessidade dos municípios na Atenção Básica com profissionais selecionados pelo Ministério da Saúde.
Sendo assim, quando o programa foi lançado, em 2013, os municípios interessados puderam aderir e manifestar sua demanda, tendo solicitado cerca de 13 mil médicos no início. Essa necessidade foi posteriormente expandida para 14 mil, e, por fim, 18.240, demanda que foi totalmente atendida pelo Mais Médicos.