Estrategista de importante banco dá opinião IMPORTANTE declaração sobre PEC DA TRANSIÇÃO

O estrategista-chefe do BTG Pactual, Tiago Berriel, considera que a proposta da PEC da Transição, que prevê incluir as despesas com o Bolsa Família fora do teto de gastos, é o primeiro passo para a mudança estrutural do regime fiscal que passou a valer em 2017. A declaração foi feita em entrevista ao Valor.

Estrategista de importante banco dá opinião IMPORTANTE declaração sobre PEC DA TRANSIÇÃO
Estrategista de importante banco dá opinião IMPORTANTE declaração sobre PEC DA TRANSIÇÃO (Imagem: FDR)

No entendimento do estrategista, caso a decisão relativa à PEC da Transição venha acompanhada de medidas parafiscais — como a utilização de bancos públicos para o financiamento de investimentos a taxas subsidiadas —, causará um atraso na redução da taxa básica de juros, a Selic, pelo Banco Central.

Perspectiva do estrategista sobre o diálogo da PEC da Transição

Ao ser questionado sobre a discussão sobre a PEC da Transição, que prevê o Bolsa Família de R$ 600, Tiago afirma que “o que aparentemente a PEC fará é excluir um programa social importante do teto de gastos. No entendimento dele, isso abrirá espaço para elevar gastos em outras coisas.

O estrategista considera que esta “é a primeira mudança estrutural no nosso regime fiscal, que provavelmente vai ser completamente redefinido”.

Neste sentido, ele comenta que uma alta de R$ 150 bilhões a R$ 200 bilhões de gastos permanentes representa algo de 1,5% a 2% do Produto Interno Bruto (PIB), “e isso é relevante”.

Ele entende que este “é o primeiro passo da mudança de arcabouço fiscal”.
Para o estrategista, “a segunda etapa dessa mudança virá na revisão do que estará no teto de gastos, o que deve ser feito pelo Congresso”.

O que deve vir futuramente

Tiago afirma que o que a PEC da Transição está realizando “é nos desamarrar dessa restrição que é a PEC de gastos”. Ele declara que não se sabe o que será utilizado como substituição, mas há uma tendência de expansão de gastos.

Para o cumprimento da “necessidade que temos de ter uma política fiscal solvente”, o estrategista afirma que ainda não se sabe que tipo de promessa surgirá.

“Eu sou muito cético em relação à capacidade de qualquer governo prometer fazer um aumento de gastos grande no início do governo e dizer que, lá na frente, fará um aumento de superávit com aumento de arrecadação”, afirma.

O estrategista do BTG Pactual alega que não existe instrumento jurídico e institucional para realizar essa promessa.

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Silvio SuehiroSilvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.