De acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), as vendas dos comércios tiveram nova queda e recuaram em 0,8% em julho. O resultado significou a maior retração para o mês em um período de quatro anos. Na conclusão final, foi possível observar que enquanto as compras no supermercado têm diminuído, os brasileiros estão conseguindo cada vez mais encher o tanque de combustível.
O resultado da PMC foi divulgada na quarta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A queda nas compras no supermercado e no comércio frustraram o setor, que acreditava em um possível crescimento. No entanto, o Índice de Preços ao Produtor do IBGE mostrou que em um período de doze meses os preços no atacado acumulam alta de 18%.
O valor acumulado acaba sendo repassado pelo comércio varejista, não apenas do setor alimentício, mas também dos eletrodomésticos e veículos, por exemplo. Por conta disso, o IBGE percebeu que das dez atividades que são analisadas, pelo menos nove apresentaram diminuição no volume de vendas.
Empréstimo consignado AUXÍLIO BRASIL: governo adia DECISÃO atrasando a liberação do crédito
Em julho, para o setor de veículos, motos e material de construção, a retração foi de 0,7% comparado a junho. O único setor que apresentou crescimento foi o de combustível de lubrificantes, avançando 12,2% em relação ao mês anterior. Para Cristiano Santos, gerente da pesquisa do IBGE, a explicação para essa queda foi a adoção de políticas de diminuição de preços, com o corte de impostos.
O governo federal estimulou os estados a fixarem em 17% a 18% a cobrança do ICMS sobre combustíveis, energia elétrica e meios de comunicação. Esta é a mais forte explicação para a queda de 14,15% nos preços, segundo dados do Índice de Preços ao Consumidor de julho. Os cortes da Petrobras também explicam a redução.
Compras no supermercado e o que perdeu forças
Além das compras no supermercado que envolvem alimentos, produtos de limpeza, de higiene pessoal, e necessidades básicas para as famílias, outros setores sentiram a diminuição dos preços. O maior impacto foi para tecidos, vestuário e calçados, que caiu 17,1%.
Para Cristiano Santos, gerente da pesquisa do IBGE, hoje o brasileiro vive um cenário em que precisa priorizar suas escolhas no momento de fazer compras. “O fato de ter aumento de preços influencia na decisão de consumo. O consumidor pode tomar a decisão de gastar mais em serviços e economizar no supermercado, por exemplo”, explica.
AUXÍLIO BRASIL: suspensão do EMPRÉSTIMO CONSIGNADO pode beneficiar a população
De acordo com o IBGE, a queda de vendas de junho para julho atingiu os seguintes setores:
- Tecidos, vestuários e calçados: – 17,1%;
- Móveis e eletrodomésticos: – 3%;
- Artigos farmacêuticos e médicos: – 1,4%;
- Hiper e supermercados: – 0,6%;
- Outros artigos de uso pessoal: – 0,5%;
- Combustíveis e lubrificantes: 12,2%.