Recentemente, indicadores econômicos vêm indicando uma retomada do país. Pela quarta vez seguida, o Produto Interno Bruto (PIB) registrou alta. Em meio a essa tendência, alguns setores na bolsa de valores podem ser favorecidos, segundo especialistas consultados pelo InfoMoney.
(Imagem: Montagem/FDR)
No segundo trimestre deste ano, a economia registrou crescimento de 1,2% em relação aos três meses imediatamente anteriores. No primeiro trimestre, a alta chega a 2,5%. Desde a divulgação deste resultado, o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, vem operando em alta.
No primeiro trimestre deste ano, em valores correntes, o Produto Interno Bruto chegou a R$ 2,249 trilhões. Já no segundo trimestre, a quantia totalizou R$ 2,4 trilhões.
Mesmo que a composição do mercado de ações brasileiro não reflita o Produto Interno Bruto, desde quando houve melhora nas previsões econômicas, o indicador se tornou uma base para as decisões de investimento.
O gestor de renda variável da BlueLine, Jorge Oliveira, cita que o PIB mostrou componentes acima do esperado — como consumo das famílias e investimentos.
Diante disso, ele explica que passou a existir diálogos sobre portfólios mais adequados a uma volta econômica mais rápida do que o previsto.
Setores que podem se beneficiar na bolsa de valores com a melhora da economia
O analista da Levante Ideia de Investimentos, Flávio Conde, considera que, com o PIB mais forte, a aposta mais tranquila para ter ganhos na bolsa de valores são os bancos. Em meio ao crescimento econômico, o nível de inadimplência no segmento deve cair.
A casa ainda vem adicionando varejistas na carteira. O analista entende que todo o setor de varejo está barato.
Já de acordo com Oliveira, na bolsa de valores, existe potencial em setores que costumam ser favorecidos pela demanda que estava represada — por conta das restrições impostas pela pandemia de coronavírus. Em meio à tendência positiva, o gestor cita as companhias do setor de saúde.
Oliveira comenta que itens como vestuário, moeda e aluguel de veículos são bastante sensíveis ao consumo das famílias brasileiras. Nessa lista, também entram as empresas aéreas e ligadas ao setor de turismo.
Entre os ativos favoritos da Blackbird Investimentos, também estão as concessionárias Ecorodovias e CCR. Isso por conta do tráfego maior em rodovias.
Mesmo que a Levante não tenha otimismo com as construtoras, a BlackBird tem uma perspectiva diferente. O chefe da mesa de renda variável da casa, Gustavo Harada, destaca que o segmento possui uma fatia considerável da geração de novos empregos.
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