Justiça OBRIGA Band a RECONTRATAR bailarina do Faustão demitida. Entenda o caso

Na última quarta-feira (17), a Band foi obrigada a reintegrar a bailarina Gabriela Baltazar. A mesma fazia parte do programa do “Faustão na Band”. A decisão foi assinada pela juíza Vivian Pinarel Dominguez diante de um direito trabalhista.

Justiça OBRIGA Band a RECONTRATAR bailarina do Faustão demitida. Entenda o caso
Justiça OBRIGA Band a RECONTRATAR bailarina do Faustão demitida. Entenda o caso (Imagem FDR)

Gabriela entrou na Justiça contra a emissora que a demitiu, comprovando que estava grávida quando foi retirada do programa. Dessa maneira, como garante o direito trabalhista, a mesma não poderia ter sido demitida.

A demissão aconteceu no dia 24 de maio, sem justa causa. Porém, ao realizar um exame de ultrassonografia no dia 24 de junho foi descoberta uma gestação de seis semanas. Assim, a bailarina já estava grávida quando aconteceu a dispensa. Esse exame foi usado no pedido feito à Justiça do Trabalho.

De acordo com a lei, a mulher que deu a luz a uma criança ou adotou possui estabilidade de 5 meses. A estabilidade gestacional ocorre a partir do momento do descobrimento da gestação ou adoção.

A juíza Vivian Pinarel Dominguez entendeu que a demissão da bailarina aconteceu durante o período de estabilidade gestacional garantido por lei. Por esse motivo, deve ser reintegrada nas mesmas condições.

Foi demitido sem justa causa? Conheça todos os seus direitos trabalhistas!

Além disso, deve receber os salários desde o dia que foi demitida, sob pena de multa diária de R$ 100,00. Gabriela Baltazar também pede na Justiça uma indenização no valor de R$ 221 mil

O valor é referente a horas extras e adicional noturno não recebidos e participação nos lucros. A bailarina também pede reembolsos de exames médicos feitos durante a gravidez e, por fim, uma indenização por danos morais.

Band não respeita o direito trabalhista 

Ao ser contratado pela Band, o Faustão levou suas 30 dançarinas. Porém, nove já haviam sido demitidas até o mês de janeiro. Segundo as bailarinas, era preciso ficar mais de 12 horas nos estúdios.

Para piorar, ainda precisavam decorar as coreografias, que eram enviadas por vídeo, de madrugada. O programa do Faustão passa ao vivo, às 20h30, de segunda à sexta. Esse cenário tem levado as bailarinas à exaustão.

Diante disso, a categoria se uniu para reclamar sobre a situação de trabalho, mas não foram ouvidas. As profissionais ainda precisam enfrentar o medo e a insegurança do futuro, já que a emissora realiza testes para novas bailarinas.

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Glaucia AlvesGlaucia Alves
Formada em Letras-Inglês pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Atuou na área acadêmica durante 8 anos. Em 2020 começou a trabalhar na equipe do FDR, produzindo conteúdo sobre finanças e carreira, onde já acumula anos de pesquisa e experiência.
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