Negócio da China? País estuda proibir empresas de perguntarem sobre gravidez para candidatas

Na China, direito das mulheres são revistos em legislação trabalhista. O país vem trabalhando na possibilidade de proibir os empresários de declarar preferencia de gênero em seus anúncios de emprego. A proposta objetiva garantir a inserção feminina no mercado de trabalho. Entenda os detalhes abaixo.

Um novo marco pode ser registrado na China com relação aos direitos trabalhistas. O país avalia a possibilidade de reformular as regras de contratação para garantir que não haja a preferencia por homens. A lei de direito das mulheres está em funcionamento há quase três décadas e deve ser revisada.

Contratações sem preferência de gênero

O principal órgão legislativo do país está trabalhando na construção de uma emenda à lei de proteção aos direitos e interesses das mulheres. A medida deve ser debatida ao longo dos próximos dias em reunião no Congresso Nacional. A previsão é que sua aprovação aconteça no início de 2022.

É válido ressaltar que a discriminação por gênero é uma prática ilegal na China. No entanto, ainda assim sua aplicação acontece de forma inadequada permitindo a segregação das mulheres no mercado de trabalho.

Com o novo texto, espera-se que os empresários sejam proibidos de escolher os funcionários de acordo com o gênero. Além disso, eles serão obrigados a criar estratégias para prevenir, investigar e responder a essas reclamações.

Movimento #MeToo luta pelas mulheres na China

A medida foi antecipada após a repercussão do movimento #MeToo que tem como finalidade garantir o direito das mulheres no Ocidente. Diversas representantes passaram a falar publicamente sobre agressão sexual sofridas ao longo dos últimos anos.

Seus discursos ganharam espaço na imprensa internacional, principalmente após o grupo Alibaba Group Holding demitir uma mulher que acusou um gerente de agressão sexual. O caso ganhou alcance em diversas instancias, levantando o debate sobre a segurança e direitos femininos.

A lei atual sobre a proteção dos direitos e interesses das mulheres precisa ser expandida e fortalecida com urgência”, disse He Yiting, uma autoridade do Comitê de Assuntos de Desenvolvimento Social do NPC, segundo o Legal Daily.

Com a atualização da legislação, espera-se que haja uma mudança permitindo que mulheres atuem mais fortemente no mercado.

Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.