Foi lançado oficialmente nesta terça-feira, 14, uma manifestação que reúne um grupo de mais de mil economistas contrários a gestão de Jair Bolsonaro (PL). Estes são, por sua vez, favoráveis a candidatura de Luís Inácio Lula da Silva (PT). Entre outros pontos, eles pedem por uma nova política de preço dos combustíveis.
O documento foi lançado com 1.142 assinaturas, e ganhou o título de “Movimento dos economistas pela democracia e contra a barbárie”. O grupo deixa aberto para novas adesões.
Entre as manifestações mencionadas, foram inclusos os desejos sobre: o fim do teto de gastos, revisão da política internacional do preço dos combustíveis, que seja promovida reforma trabalhista e tributária.
O texto redigido no documento faz fortes críticas a conduta do atual governo sobre a economia nacional.
“[ o governo] implantou um projeto autodestrutivo, que aprofundou a regressão de nossa estrutura produtiva, privilegiou ainda mais o rentismo e os grandes interesses financeiros e nos levou às portas da barbárie”, diz o grupo.
Os economistas que assinaram o manifesto também acusam Bolsonaro de tentar criar um golpe de Estado após intimidar o Supremo Tribunal Federal (STF) questionando as urnas eletrônicas.
O que o manifesto dos economistas critica?
De acordo com o jornal Valor Econômico que teve acesso ao documento na íntegra, os economistas mostram forte desagrado a assuntos importantes para o Brasil. Isso, quando mencionam:
- abandono da política de valorização do salário mínimo;
- aumento da informalidade no mercado de trabalho;
- desregulamentação das atividades econômicas;
- privatizações;
- enfraquecimento de bancos públicos;
- redução dos direitos de trabalhadores.
Para tentar uma solução, os manifestantes dizem que defendem um governo que mostre interesse por reformas e garanta direitos trabalhistas, sociais e ambientais.
Apenas no final do documento é que demonstram a preferência pelo ex-presidente Lula. Ao mencionar que “Nós, economistas (…) temos clareza de que o retorno do Brasil a uma trajetória de progresso civilizatório passa, necessariamente, pela eleição da chapa Lula-Alckmin no primeiro turno das eleições gerais”,
Hoje, Lula e Bolsonaro ocupam as primeiras colocações na pesquisa de intenção de votos no Brasil para as eleições de 2022.
Divulgado nesta segunda-feira, 13, um levantamento feito pelo Instituto FSB Pesquisa mostra as intenções de votos dos brasileiros. Lula tem 44% da preferência, enquanto Bolsonaro aparece com 32% dos votos.