Os alimentos básicos na mesa do consumidor brasileiro poderão ter um leve barateamento nos preços em breve. Na última segunda-feira, 23, o Ministério da Economia determinou um novo corte nos impostos dos alimentos, desta vez, em 10%.
Os principais itens afetados são o arroz, feijão, carnes, massas, biscoitos e até mesmo materiais de construção. A mesma redução nos impostos dos alimentos foi realizada em novembro de 2021. O resultado de ambos os cortes já somam mais de 87% dos produtos sujeitos a essa tributação segundo a pasta.
Na ocasião, as alíquotas foram reduzidas a zero ou passaram por um corte integral de 20%. Destacando que a medida se limita à redução nos impostos dos alimentos, logo, os setores de calçados, brinquedos, têxteis, laticínios e automotivo ficam de fora desta iniciativa. Estes já apresentavam uma tarifa superior a 14%.
Vale lembrar que há algum tempo o ministro da Economia, Paulo Guedes, tem se empenhado na defesa de reduções das tarifas, em especial aquelas cobradas no comércio exterior de modo a combater a escalada de preços na economia.
Portanto, o corte de tributos é uma estratégia para baratear a compra de produtos importados que, por consequência, poderão impactar nos preços da produção interna.
De acordo com a pasta competente, a nova redução nos impostos dos alimentos foi devidamente aprovada pelo Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex). Ficou estabelecido que os novos percentuais reduzidos deverão prevalecer até 31 de dezembro de 2023. Estima-se que esta medida tenha um custo médio de R$ 3,7 bilhões aos cofres públicos.
De acordo com o índice da Organização das Nações Unidas (ONU), o atual preço dos alimentos é o mais alto das últimas seis décadas. Porém, a gravidade não é exclusiva no Brasil, mas sim em todo o mundo. Alguns fatores como a pandemia e a guerra na Ucrânia têm grande influência na alta da inflação dos alimentos.
No Brasil, este cenário acontece simultaneamente ao acumulado da inflação de 12,13% em 12 meses. Veja o exemplo da cenoura, cujo preço aumentou em 55,14% de fevereiro de 2021 até o mesmo mês neste ano.
A princípio, o presidente da República, Jair Bolsonaro, a inflação dos alimentos é superior a outros países e que no Brasil a situação aparenta estar estável caso uma comparação seja feita. Ele acredita que não existe uma solução instantânea para baratear os alimentos, e que o atual cenário ainda será vivido por um tempo maior.