Prejuízo sem dimensões para dono de franquia que se recusa a fechar seus 800 restaurantes do Burger King na Rússia.
Empresário dono de lojas da rede Burger King se nega a fechar as portas após no início de março a empresa de fast food anunciar a suspensão do suporte ao funcionamento de franquias na Rússia.
Burger King na Rússia
O dono dos 800 restaurantes é o russo Alexander Kolobov, o empresário possui parceria de joint venture com a Restaurant Brands International (RBI), a proprietária da marca Burger King. A RBI comanda 15% dos negócios da BK, enquanto Kolobov controla as operações diárias das franquias no país.
A rede de fast food na Rússia funciona através da parceria com o fundo de investimentos ICU (Investment Capital Ukraine), com o banco VTB Capital (segundo maior banco do país e que foi sancionado pelos Estados Unidos) e com Alexander Kolobov que é contrário a suspensão das atividades.
Grandes empresas já encerraram suas operações no país
Grandes nomes do ocidente, como a gigante Coca-Cola, McDonald’s e Starbucks já suspenderam operações na Rússia em decorrência do conflito entre o país e a Ucrânia. O aumento das sanções agrava ainda mais a saída de grupos empresariais do território russo.
De acordo com comunicado feito pelo presidente das operações internacionais da RBI, David Shear, a RBI exigiu que a joint venture fechasse todas as franquias imediatamente, porém Alexander Kolobov se recusou a cumprir com a exigência.
Por meio de comunicado Shear falou sobre a dificuldade de realizar o fechamento dos restaurantes BK. “Embora gostaríamos de fazer isso imediatamente, está claro que levará algum tempo para fazê-lo com base nos termos de nosso contrato de joint venture existente”, explica.
Muitas empresas já calculam os prejuízos trazidos pelo fechamento de suas portas na Rússia. Um dos grandes concorrentes da Burger King, a rede de fast food McDonald’s que possuía em torno de 850 restaurantes no país, já soma um prejuízo estimado em US$ 50 milhões mensais.
O conflito entre Rússia e Ucrânia chega ao 28° dia nesta quarta-feira com milhares de mortos, além dos impactos sentidos na economia mundial.