Na semana passada, a Petrobras aumentou o preço da gasolina em 18,8% para as distribuidoras. Esta foi a primeira alta após quase dois meses de preços congelados nas refinarias. Por conta deste reajuste, diversos motoristas passaram a calcular para saber se vale a pena abastecer com etanol.
Devido ao aumento da gasolina pela Petrobras, houve um aumento na procura por etanol nos postos. Segundo a Associação Brasileira da Indústria da Cana-de-Açúcar (Única), em fevereiro, as vendas de etanol hidratado, das bombas de combustíveis, aumentaram 26,20% — em comparação a janeiro.
Apesar disso, segundo donos de postos consultados pelo Estadão, a elevação na procura pode ser passageira, caso a alta do etanol siga acompanhando a escalada no preço da gasolina.
Vale a pena abastecer com etanol?
Conforme ara saber qual combustível compensa mais, existe a paridade de preços. Segundo este tipo de regra utilizado no mercado, para valer a pena, o etanol precisa custar até 70% do valor da gasolina — que rende mais motor.
Desde quando os carros flex passaram a se tornar populares, por volta dos anos 2000, a regra dos 70% tem sido a mais divulgada para escolher entre gasolina ou álcool.
O motivo é que, geralmente, o consumo dos automóveis era 30% maior com etanol. Sendo assim, para que o abastecimento com álcool seja mais barato, o preço deveria ser em até 70% do preço da gasolina.
Para fazer o cálculo, será preciso multiplicar o valor do álcool por 100, e dividir pelo valor da gasolina. Caso o resultado fique acima de 70, não compensa abastecer com o combustível vegetal.
No entanto, devido à modernização dos motores, a regra citada pode não indicar a realidade para todos os veículos existentes. Se o carro apresenta um rendimento positivo com etanol, pode valer a pena abastecer com este combustível mesmo que o valor fique na casa dos 75%.
Diante disso, o motorista precisa se atentar aos dados de consumo do veículo. O consumidor pode realizar testes com gasolina e álcool. Assim, será possível comparar os dados do computador de bordo.
Neste caso, por exemplo, se o veículo consumir somente 20% a mais com etanol, a regra a ser utilizada poderia ser com 80% — em vez de 70% —, segundo apurado pelo Estadão.