As fortes chuvas que atingiram a cidade carioca de Petrópolis na última semana causaram sérios prejuízos, não só em relação à tragédia humana, como também financeira. Junto ao número de 171 mortes, o município perdeu 2% em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), resultando em um prejuízo milionário.
Segundo informações da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), o desastre natural que assolou Petrópolis provocou um prejuízo de R$ 665 milhões. É importante mencionar que este prejuízo milionário se refere unicamente aos danos diretos às empresas locais.
De acordo com o levantamento feito pela federação, a tempestade atingiu cerca de 65% das empresas de Petrópolis. Enquanto isso, outros 85% ainda não conseguiram restabelecer a atividade empresarial. Em meio a este cenário, a expectativa é para que os empresários levem em torno de 13 dias para se estabilizarem.
Por outro lado, um em cada três empresários prejudicados não sabem afirmar quando conseguirão normalizar a situação. Mas as perdas materiais não foram as únicas, enquanto isso 11% das empresas fizeram registros de desaparecimento ou morte de funcionários.
É o caso da Thiamo Confecções, situada na rua Teresa, é conhecida como um dos principais polos da indústria têxtil de Petrópolis, e também uma das áreas mais afetadas.
De acordo com o proprietário da indústria, Addison Meneses, “uma funcionária está desaparecida. Outro perdeu a mulher, que ficou presa num ônibus na enxurrada. Tem gente da nossa equipe que perdeu a casa”.
Segundo a pesquisa da Firjan que contou com a participação de 286 empresários de Petrópolis entre os dias 16 e 18 deste mês, os prejuízos são vários. Somente na área de vendas, pelo menos, o impacto direto foi de 35%.
Um grupo composto pela mesma proporção enfrentou problemas na produção, enquanto outros 20% sofreram os prejuízos que chegaram ao setor administrativo. Em toda a Petrópolis, uma em cada quatro empresas impactadas precisou paralisar a produção completamente.
Entre os maiores problemas enfrentados pelo alagamento em Petrópolis, 76,8% dos entrevistados reclamaram sobre a falta de energia ou telefone, que atingiu a margem de 60%. Para se ter uma ideia deste cenário, três em cada dez empresas afetadas ficaram completamente alagadas no interior. Enquanto isso, duas em cada dez registraram danos na estrutura física.