Você pode ter ‘dinheiro esquecido’ em bancos, PIS/Pasep, INSS, loterias, IR e DPVAT; saiba como resgatar

Muitos brasileiros correram para consultar valores esquecidos em bancos desde que o Banco Central lançou uma ferramenta para esse fim em janeiro. A procura foi tanta, que a ferramenta teve que ser suspensa e só voltou a funcionar na última segunda-feira (14), em um novo site.

Entretanto, não é só nos bancos que os brasileiros andam esquecendo dinheiro. Também em outras instituições, em benefícios, seguros e prêmios muitos valores deixam de ser sacados ou recuperados todos os anos, num total de mais de R$ 827 bilhões.

Com tanto dinheiro “sobrando”, você muito provavelmente tem direito a receber algum valor. Confira a seguir os principais lugares onde os brasileiros esquecem dinheiro, como consultar e como receber.

Bancos e outras instituição financeiras

Há R$ 8 bilhões em bancos e outras instituições financeiras que podem ser recuperados pelos brasileiros. O Banco Central reabriu a consulta para os valores esquecidos através de um novo site (valoresareceber.bcb.gov.br).

É necessário ter um cadastro na conta gov.br para acessar a ferramenta. É possível receber o dinheiro por PIX, caso o seu banco tenha aderido a essa opção, ou por transferências DOC e TED.

O Banco Central chama a atenção para o perigo de golpes envolvendo a ferramenta. Por isso, certifique-se de que está fazendo o procedimento no link acima e não em um site fraudulento.

FGTS

O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) tem valores que podem ser sacados em diversas ocasiões, e muitas delas são desconhecidas dos trabalhadores. Além do saque-aniversário, uma possibilidade muito ignorada é o saque após três anos sem trabalhar com carteira assinada.

Nesse caso, é possível sacar integralmente o saldo do fundo. A solicitação pode ser feita pelo app FGTS, na opção “Meus Saques”. Em até cinco dias úteis o dinheiro é depositado na conta bancária escolhida.

PIS/Pasep

Este ano, os abonos salariais PIS/Pasep de quem trabalhou com carteira assinada em 2020 serão liberados (veja o calendário). Mas abonos de anos anteriores, que foram “esquecidos”, também podem ser sacados. É o caso do PIS/Pasep de 2019, cujo pedido para saque pode ser feito a partir de 31 de março.

Há também cerca de R$ 23,5 bilhões de cotas do antigo fundo PIS/Pasep, relativas ao período de 1970 a 1988, que esperam por resgate. Quem é correntista da Caixa recebe o dinheiro automaticamente. Os demais podem sacar apresentando documento com foto nas agências do banco ou o Cartão Cidadão nas agências, lotéricas e correspondentes Caixa Aqui.

Loterias

Todos os anos, milhares de prêmios das Loterias não são resgatados pelos vencedores. O prazo é curto: 90 dias após o sorteio o dinheiro é repassado para o FIES (Fundo de Financiamento Estudantil).

Quem tem prêmios de até R$ 1.903,98 a receber pode solicitar em agências da Caixa ou casas lotéricas, apresentando documento com foto e o bilhete premiado. Para valores maiores, o resgate só pode ser feito nas agências do banco.

DPVAT

O seguro DPVAT deixou de ser obrigatório, mas todos os motoristas que já contribuíram têm direito a indenização em caso de acidente. É possível conseguir até R$ 13.500, em caso de morte ou invalidez permanente.

A indenização pode ser requisitada pelo app DPVAT. É preciso anexar documentos que comprovem o acidente, como boletim de ocorrência e boletim de atendimento médico.

Imposto de Renda

Muitos contribuintes que caíram na malha fina ainda podem receber a restituição do Imposto de Renda. Você pode consultar se tem algum valor a receber neste link. Depois de um ano, o dinheiro que não é sacado retorna para a Receita Federal.

INSS

Muitos aposentados e pensionistas do INSS ganharam na justiça o direito de receber RPV’s (Requisições de Pequeno Valor), com valor de até 60 salários mínimos. A consulta deve ser feita nos sites dos Tribunais Regionais Federais e o dinheiro é depositado em contas criadas na Caixa e no Banco do Brasil.

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Amaury Nogueira
Nascido em Manga, norte de Minas Gerais, mora em Belo Horizonte há quase 10 anos. É graduando em Letras - Bacharelado em Edição, pela UFMG. Trabalha há três anos como redator e possui experiência com SEO, revisão e edição de texto. Nas horas vagas, escreve, desenha e pratica outras artes.