- Eleições 2022: Lula e Bolsonaro devem vivenciar maior oposição política da história;
- Bolsonaro passa a reformular projetos aprovados no governo do PT;
- Lula fala sobre dolarização da gasolina e defende o fim da fome
Eleições presidenciais em 2022 devem ter foco na fome e desemprego. Nas últimas semanas, a imprensa nacional vem acompanhando a fala dos possíveis candidatos a chefe da república. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está entre os principais nomes na disputa contra Jair Bolsonaro. Abaixo, saiba quais são suas promessas para a economia.
No que diz respeito a política nacional, o ano será agitado tendo em vista a realização das eleições presidenciais. Isso afeta diretamente na economia, uma vez em que os candidatos devem anunciar seus planos de governo para garantir o apoio da sociedade civil.
Bolsonaro atua reformando os projetos do PT
Sendo o atual chefe da república, Jair Messias Bolsonaro já vem anunciando uma série de projetos que iram impactar a vida da população vulnerável. Recentemente consolidou o Auxílio Brasil e o Vale Gás, ambos destinados há grupos subdesenvolvidos que até então não faziam parte de seu eleitorado.
Bolsonaro anunciou ainda o aumento no salário dos professores da rede básica de ensino, aprovado nesta semana e está renegociando as dívidas do Fies. Ele informou também que atuará, nos próximos meses, para garantir a reforma tributária e recuperação da economia afetada pelo novo coronavírus.
É válido ressaltar, no entanto, que vem enfrentando uma séria dificuldade para encerrar seu mandato, uma vez em que nos últimos anos o país voltou ao mapa da fome, ampliou o desemprego e está vivenciando uma das maiores inflações de sua história.
“No nosso governo, ele tem feito um trabalho que é reconhecido por todos. É um tocador de obras, é um empreendedor e sabe realmente dos problemas do Brasil todo”, afirmou o chefe do Executivo em evento realizado em Brasília.
Recentemente, Bolsonaro questionou as promessas eleitorais de Lula, afirmando que é preciso encarar a realidade:
“Não dá pra admitir, e tem gente que ainda é simpático a ele, porque ele fala ‘Vou passar a gasolina pra 3 reais’, ‘Vou aumentar o salário mínimo‘. É promessa. Quero ver encarar uma realidade, pegar o governo que eu peguei, três anos com dois de pandemia (…) o cara fala ‘não roubei’, mas fala isso em torno de quê? Pra ter apoio, poder”, disse o candidato.
Lula promete redução no valor da gasolina e fim da fome
Sendo até o momento o principal opositor de Bolsonaro, Luiz Inácio Lula da Silva já se pronunciou sobre algumas medidas que deverá adotar. Nos últimos dias, o petista falou sobre a dolarização no preço da gasolina, dizendo que irá trabalhar para que o combustível volte a média de venda de R$ 3.
“Nós não vamos manter o preço dolarizado. Eu acho que os acionistas de Nova York, os acionistas do Brasil, têm direito de receber dividendos quando a Petrobras der lucro, mas é importante que a gente saiba que a Petrobras tem que cuidar do povo brasileiro”, disse Lula em uma entrevista à Rede de Rádios do Paraná (RDR).
“Eu não posso enriquecer um acionista americano e empobrecer a dona de casa que vai comprar um quilo de feijão e paga mais caro por causa do preço da gasolina”, completou.
No que diz respeito a fome e o desemprego, em uma série de entrevistas Lula afirma que deseja retomar a efetividade dos projetos sociais implementados em seu governo. Ele enfatiza a necessidade de priorizar a distribuição de renda mínima para os mais pobres de modo que o país possa sair do mapa da fome.
“Falei da causa que me motiva na política. Fazer com que o Brasil volte a ser de todos os brasileiros, que ninguém no nosso País passe fome. Sempre trabalhei e continuarei trabalhando para isso, sendo candidato ou não”, disse Lula em seu perfil no Twitter.
Previsão das eleições: o que dizem as pesquisas?
De acordo com o último levantamento pelo PoderData, anunciado nessa segunda-feira (07), as intenções de voto para presidente são mais otimistas para Lula.
Atualmente, o petista teria conquistado 20% do eleitorado de Bolsonaro. Já Sérgio Moro, também candidato, deve herdar 10% dos votos do atual chefe de estado. Bolsonaro, teria 7% dos seus apoiadores votando em nulo ou branco.