O secretário de Educação do Estado de São Paulo, Rossieli Soares, mencionou o interesse em vacinar crianças na faixa etária de 5 a 11 anos de idade contra a Covid-19. No entanto, não será uma vacinação tradicional em unidades preparadas pela administração municipal, mas sim dentro das escolas públicas através de uma parceria entre os municípios.
Mas para vacinar essas crianças, será preciso obter a autorização dos pais. O secretário ainda afirmou que pretende estender a medida para os alunos de instituições de ensino privadas. Contudo, a decisão final irá depender do posicionamento das secretarias municipais de saúde de cada cidade, pastas responsáveis
Na oportunidade, o secretário de Saúde da capital paulista, Edson Aparecido, disse ao Estadão que ainda não acredita ser o melhor momento para ter este tipo de iniciativa. Ele alegou que o deslocamento das equipes de saúde, pois elas já foram contratadas e comprometidas a realizar atendimentos voltados à gripe e à Covid-19. Além disso, as escolas ainda não estão abertas.
Até o momento, já foram aplicadas 24 doses dos postos de vacinação da Prefeitura de São Paulo. Portanto, não há razões para mudar de última hora. Enquanto isso, a expectativa é para que as doses especiais para vacinar as crianças sejam entregues ainda neste mês.
Algumas cidades paulistas, como Campinas, por exemplo, já fizeram este tipo de ação ao vacinar adolescentes na faixa de 12 a 18 anos nas escolas. Na capital, esse tipo de ação foi executada somente na etapa final do processo, com o objetivo de atingir aqueles que ainda não haviam se vacinado.
Em entrevista concedida à Rádio Eldorado na última terça-feira, 4, Rossieli destacou o relevante papel que as escolas têm no que compete à conscientização sobre a vacinação contra a Covid-19 e reconheceu que o ato de vacinar as crianças nas escolas é um grande exemplo disso.
“Nós reorganizamos o nosso início do calendário letivo para que os primeiros dias sejam de trabalho de escola, trabalhando com os próprios alunos a importância da vacinação e trabalhando com as famílias”, concluiu.
O presidente da Associação Brasileira de Escolas Particulares (Abepar), Arthur Fonseca Filho, a iniciativa do governo estadual em vacinar as crianças nas escolas da rede privada é uma atitude bem-vinda.
Tendo em vista que, por hora, essa ação não será concretizada, o secretário informou que as escolas estaduais de São Paulo deverão começar a solicitar o comprovante de vacinação assim que a campanha de vacinação em crianças tiver início.
Por outro lado, não será permitido que as escolas proíbam o acesso às aulas dos alunos que não apresentarem o documento. Rossieli lembrou que a carteira de vacinação já se tornou uma exigência no ato da matrícula, logo, a solicitação posterior ocorrerá no devido momento.