Após surtos de Covid-19, cruzeiros paralisam atividades; o que fazer com passagens?

Com o retorno gradual das atividades graças o avanço da vacinação e a redução de número de casos e óbitos por Covid-19 as viagens voltaram a acontecer no Brasil. Diante disso, passeios como cruzeiros voltaram a serem vendidos pelas empresas.

O país voltou a flexibilizar as regras de distanciamento após a redução nos casos de Covid-19 e como o avanço da vacinação. Porém, com o novo surto da doença e a possibilidade de uma quarta onda as companhias de navios de cruzeiros decidiram suspender novas viagens no Brasil até 21 de janeiro.

O anúncio da suspensão de cruzeiros foi feito, na última segunda-feira (3), pela CLIA Brasil (Associação Brasileira de Navios de Cruzeiros), por meio de nota. A decisão foi tomada devido às “incertezas na interpretação e aplicação dos protocolos operacionais previamente aprovados”.

A suspensão das viagens de cruzeiros, devido aos surtos de Covid-19, tem efeito imediato. Com isso, nenhum turista poderá embarcar até o dia 21 de janeiro de 2022. Porém, os cruzeiros que já estão em operação poderão finalizar os roteiros, conforme o que estava previsto no pacote.

A decisão ocorreu um dia depois que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforçou o pedido de acabar com a temporada, diante de surtos de Covid-19 em navios. Os cruzeiros em operação no litoral brasileiro tiveram dezenas de casos e relatos de negligências.

A Clia Brasil afirmou em nota que os casos são uma minoria comparada ao grupo que está a bordo. Diante disso, busca, junto com as autoridades do governo e a Anvisa, aplicar as medidas previamente aprovadas.

Porém, a associação não descartou a possibilidade do cancelamento da temporada de cruzeiros no Brasil. Sendo assim, essa decisão dependerá da adequação das medidas adotadas e da situação de casos, após a suspensão.

Os cruzeiros foram permitidos pelo Ministério da Saúde, seguindo os protocolos que obrigam a vacinação completa contra a Covid-19 dos passageiros e tripulantes. Além disso, exige a testagem pré-embarque, capacidade reduzida a bordo e uso obrigatório de máscaras.

Mesmo assim, afirmou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a portaria já previa situações como essa de surto da Covid-19. Diante disso, a Casa Civil emitiu uma nota afirmando que continuará em reunião com “municípios, estados e empresas para, juntos, reavaliarem a possibilidade do retorno das atividades”.

Os passageiros que tinham viagens de cruzeiro previstas durante esse período de 03 a 21 de janeiro podem pedir devolução do dinheiro ou crédito, segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). No último caso, esse será válido até o retorno do serviço.

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Glaucia Alves
Formada em Letras-Inglês pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Atuou na área acadêmica durante 8 anos. Em 2020 começou a trabalhar na equipe do FDR, produzindo conteúdo sobre finanças e carreira, onde já acumula anos de pesquisa e experiência.