Segundo a TR Soluções, a Conta de luz em 2022 terá um reajuste, em média, de 19%. A causa é a falta de chuvas que está gerando a seca e, com isso, o aumento do custo na geração de energia.
Segundo a empresa de tecnologia especializada em tarifas de energia, cerca de 12% do aumento na conta de luz é devido a seca, afirmou ao “Economia UOL”. O Brasil está enfrentando a pior seca dos últimos 90 anos. Diante disso, foi necessário acionar as usinas térmicas para suprir a demanda da energia.
Com o acionamento das usinas térmicas, a conta de luz precisou passar por reajuste neste ano, tonando-se ainda mais cara. Para suprir o gasto com essa fonte de geração de energia a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) determinou a cobrança de uma taxa extra na conta de luz, a bandeira tarifária.
Atualmente, os brasileiros estão pagando a bandeira vermelha-patamar 2. Para piorar, essa tarifa teve o valor reajustado passando de R$ 6,24 para R$ 9,49 a cada 100kWh consumidos.
O novo valor está sendo cobrado desde junho. Porém, em agosto, a agência criou uma nova bandeira, a chamada de escassez hídrica de R$ 14,20. De acordo com um cálculo realizado pela empresa TR Soluções a Conta de luz de 2022 será ainda mais alta.
A causa é que, mesmo com o reajuste da bandeira tarifária, não está sendo possível cobrir as despesas com a geração de energia. Segundo a Aneel, no mês de setembro deste mês, o déficit já era de R$ 9,87 bilhões.
Segundo Helder Sousa, diretor de Regulação da TR Soluções, o aumento “recuperou um pouco” as contas, mas não o suficiente. O déficit começou lá atrás, porque a bandeira não foi aplicada. Depois, os valores deveriam ter sofrido reajuste maior”.
De acordo com o cálculo da TR Soluções esse rombo deve ir para R$ 17,8 bilhões até o próximo ano. Esse desfalque começou em 2020, devido á pandemia de Covid-19.
A causa foi a suspensão da bandeira tarifária, com o intuito de minimizar os impactos da doença para os consumidores brasileiros. Com isso, no início do ano passado, o déficit já era de R$ 3,1 bilhões.
A previsão da Aneel, segundo dados obtidos pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, é que o aumento médio seja de 21,04% em 2022. Atualmente, no acumulado na conta de luz para o consumidor residencial chega a 7%.