Dieese quer refinanciamento da conta de luz atrasada dos mais pobres

Na última sexta-feira (1º), o corte de energia por falta de pagamento no caso dos consumidores de baixa renda voltou a ser permitida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Diante disso, o Dieese solicitou o refinanciamento da conta de luz atrasada das pessoas em situação de vulnerabilidade social.

Dieese quer refinanciamento da conta de luz atrasada dos mais pobres
Dieese quer refinanciamento da conta de luz atrasada dos mais pobres (Imagem: Sindico Legal)

Com o retorno do corte da conta de luz atrasada por falta de pagamento, muitos consumidores em situação de vulnerabilidade social poderão ter a energia cortada. Diante dessa situação, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) solicitou o refinanciamento da dívida.

A proibição do corte da conta de luz foi definida no ano passado, devido á situação de pandemia enfrentada por todo o país. Porém, a resolução expirou e agora o corte voltou a ser permitido, mesmo no caso das pessoas em situação de baixa renda.

O diretor-técnico do Dieese, Fausto Augusto Junior, solicitou ao Governo Federal e ao Congresso Nacional a sensibilização para que as famílias mais pobres não sofram com o corte da conta de luz.

Augusto sugere o perdão das dívidas ou um programa de refinanciamento. Essa seria uma forma de balancear a falta de investimentos em geração e distribuição de energia nos últimos anos e as políticas de devastação ambiental.

Segundo o diretor do Dieese, “É importante voltar à normalidade enquanto a pandemia vai sendo controlada”. Porém, é necessário ter um cuidado especial com as pessoas mais humildes que estão enfrentando a crise.

“Vale lembrar que a inflação atingiu a casa dos 10%” e “a maior parte das famílias vivem em insegurança alimentar“, destacou Fausto para o Jornal Brasil Atual, na última segunda-feira (4). Para piorar, esses sofrem com a elevação no custo da energia, com a implementação da bandeira vermelha-patamar 2.

Diante disso, Augusto declarou durante a entrevista que essas decisões devem ser tomadas “com mais tranquilidade e negociação” ouvindo as pessoas mais afetadas. Com isso, seria possível encontrar alternativas e soluções, como o perdão de dívidas ou refinanciamento.

Porém, nada disso foi discutido ou analisado e o governo apenas propõe reformas que só “representam retirada de direitos, como estamos vendo agora com a PEC 32 e tantas outras”.

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Glaucia Alves
Formada em Letras-Inglês pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Atuou na área acadêmica durante 8 anos. Em 2020 começou a trabalhar na equipe do FDR, produzindo conteúdo sobre finanças e carreira, onde já acumula anos de pesquisa e experiência.