Os motoristas de ônibus de Belo Horizonte estão realizando uma greve desde a meia-noite desta segunda-feira (22). A greve de ônibus foi uma decisão tomada pelo STTRBH (Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Belo Horizonte).
A decisão de paralisar as operações do transporte coletivo foi tomada pelo STTRBH. A categoria reivindica:
- Reajuste salarial de 9%;
- Tíquete-alimentação de R$ 800;
- Tíquete no atestado;
- Fim do banco de horas;
- Pagamento do abono salarial de 2019 e 2020.
A Justiça do Trabalho determinou que, no mínimo, 60% da frota permaneçam em operação durante a greve de ônibus. Com isso, os moradores continuaram tento transporte, porém, em número reduzido.
O 1º Vice-Presidente do TRT da 3ª Região, desembargador Fernando Luiz Gonçalves Rios Neto, que determinou a operação da frota, mesmo durante a greve de ônibus, informou que será aplicado uma multa de R$ 50 mil em caso de descumprimento da decisão.
O sindicato informou que o pedido será cumprido e, com isso, 60% da frota permanecerá em funcionamento. Na última sexta-feira (19), motoristas de ônibus de BH realizam uma paralisação e fecharam a Avenida Antônio Carlos.
Com isso, foi formada uma fila de coletivos que começa na trincheira da Avenida Santa Rosa até a barragem da Pampulha, no sentido centro. Após as 18h o trânsito voltou a fluir de forma gradativa.
A categoria reivindicou a participação nas reuniões entre a prefeitura e o SetraBH (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte), informou o diretor de relações sindicais do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Belo Horizonte e Região, Sérgio Duarte.
Porém, não houve negociações e, por esse motivo, está marcado para esta segunda (22), uma nova paralisação. O SetraBH informou que o protesto foi provocado por um grupo que não tem ligação com o Sindicato.
Outra problemática é sobre o reajuste anual da tarifa unitária. Segundo o prefeito Alexandre Kalil (PSD), não haverá reajuste de passagem no final deste ano, permanecendo em R$ 4,50.
Porém, o presidente do SetraBH, Raul Lycurgo, informou que entrou com uma ação na Justiça para que seja cumprido o contrato, que prevê aumento anual e a revisão tarifária a cada quatro anos.
Consequências da greve de ônibus em BH
De acordo com informações divulgadas pela BHTrans, apenas 30% das viagens programadas estavam sendo realizadas no horário das 6h.
Em seguida, na faixa das 7h, pelo menos 41% da frota voltava a funcionar. Com isso, pelo menos 96 mil usuários deixaram de ser atendidos pelo transporte público nos horários da manhã.
A confusão se instalou por várias estações, criando aglomeração e estresse. Já que centenas de pessoas dependem do transporte público para ir ao trabalho, universidade, entre outros afazeres.