No acumulado de outubro, o gás de cozinha possui alta de 3,5%. Somente na semana passada, houve aumento de 1,5% em relação à semana anterior. As informações são da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Na última semana, o botijão de 13 de quilos de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) atingiu o preço médio de R$ 101,96. Ao considerar o mesmo período anterior, o valor do gás de cozinha era de R$ 100,44. No acumulado anual, o valor do gás de cozinha aumentou 36,4% no país.
Entre todos os municípios do país, o maior valor encontrado foi em Cacoal (RO). Nesta localidade, o botijão estava a R$ 135. Já o menor valor identificado pela ANP foi em Cariacica (ES). Neste caso, o valor foi de R$ 75,99.
A Agência informou que somente oito estados tiveram o valor médio do gás de cozinha abaixo dos R$ 100. São estes: Alagoas, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Pernambuco.
Ao considerar a análise por região, estes foram os preços médios indicados na última semana:
- Norte — R$ 108,86
- Centro-Oeste — R$ 108,22
- Sul — R$ 105,04
- Sudeste — R$ 100,34
- Nordeste — R$ 99,31
Gás de cozinha pode passar por novos reajustes
De acordo com especialistas consultados pelo Globo, podem acontecer novos reajustes no GLP. Os motivos são a alta do dólar — que na última sexta-feira (22) passou de R$ 5,71 — e a elevação do preço do barril de petróleo no mercado internacional.
No dia 9 de outubro, o GLP passou por reajuste nas refinarias da Petrobras. A elevação feita pela estatal foi de 7,2%. Na ocasião, o aumento deste mesmo patamar foi aplicado à gasolina.
De acordo com a Petrobras, o preço médio do GLP passou de R$ 3,60 para R$ 3,86 por quilo. O aumento equivale a R$ 50,15 por botijão de 13 quilos. Esta mudança refletiu reajuste médio de R$ 0,26 por quilo.
Como justificativa, a Petrobras declarou que o aumento sobre o GLP tinha sido após 95 dias com preços estáveis. A estatal afirmou que evitou o repasse imediato para os valores internos da volatilidade externa provocada por eventos conjunturais.
Além disso, a estatal alegou que os reajustes são importantes para assegurar que o mercado continue sendo suprido em bases econômicas — e sem riscos de desabastecimento.