Seis estados têm gasolina acima de R$ 7 nas bombas após reajuste de 3,3%

Pontos-chave
  • Após reajuste, preço da gasolina dispara
  • Preço do diesel também foi reajustado em outubro e registrou um aumento de 0,3%
  • Botijão de gás, teve um aumento de 1,8% nas revendedoras

O preço do litro da gasolina nos postos já subiu 3,3% na última semana, após o anúncio de um novo reajuste no preço do combustível e do gás de cozinha comunicado pela Petrobras no início de outubro. O aumento fez com que a gasolina atingisse o preço médio entre R$6,32 e R$7,49, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás e Combustível (ANP). Confira os detalhes.

O último aumento no preço da gasolina e do gás de cozinha entrou em vigor no último dia 9, e foi de 7,2%.

O repasse realizado pelos postos de combustível fez com que seja possível encontrar o preço do litro da gasolina acima dos R$7 em seis estados brasileiros: Acre (R$ 7,30), Mato Grosso (R$ 7,04), Minas Gerais (R$ 7,17), Rio Grande do Sul (R$ 7,49), Rio de Janeiro (R$ 7,39), Piauí (R$ 7,15).

Já o botijão de gás, teve um aumento de 1,8% nas revendedoras na semana passada, atingindo o preço médio de R$100,44, podendo chegar a até R$135.

O preço do diesel também foi reajustado em outubro e registrou um aumento de 0,3% em comparação com a semana anterior. O valor médio do litro do combustível foi de R$ 4,97 e máximo, de R$ 6,41.

Também foram constatados pela ANP um aumento nos preços no litro do etanol de 0,9%. O litro do combustível registrou preço médio R$ 4,81 e máximo, de R$ 7,09.

Petrobras se justifica

A estatal destacou no momento do anúncio do novo reajuste que aplicou o aumento no preço do GLP “após 95 dias com preços estáveis, nos quais a empresa evitou o repasse imediato para os preços internos da volatilidade externa causada por eventos conjunturais”. Já no caso da gasolina A, o período de estabilidade foi de 58 dias, disse a empresa.

A Petrobras disse que o crescimento acompanha os patamares internacionais de preços de petróleo, impactados pela oferta limitada frente ao crescimento da demanda mundial”, e a taxa de câmbio, “dado o fortalecimento do dólar em âmbito global”.

A estatal disse ainda que estes reajustes “são importantes para garantir que o mercado siga sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras”.

Conflitos com a Petrobras

O valor dos combustíveis vem causando conflitos entre a Petrobras e o governo. Na semana passada, logo após Jair Bolsonaro ter dito que está estudando formas de reduzir o preço dos combustíveis, Joaquim Silva e Luna, presidente da estatal, afirmou que a política de preços será mantida e reconheceu que os preços podem aumentar.

Lira que é alinhado ao atual governo, criticou a política de preços da Petrobras e disse que discutiria com líderes alternativas para segurar o preço dos combustíveis.

Dicas para economizar gasolina

  • Evite esticar as marchas

Quanto mais o motorista respeitar a rotação do motor, melhor será o rendimento e o consumo do automóvel.

O RPM (Rotações por Minuto) é a medida de rotação do motor e as passagens de marcha devem acontecer quando a rotação atingir, na média, entre 2.000 rpm e 2.500 rpm. Existem veículos que avisam o condutor o melhor momento para a troca de marcha e esse patamar pode ser diferente para cada modelo.

Em grande parte das vezes, quando o motorista ultrapassa a faixa de giro, o consumo de gasolina cresce, pois o condutor fica acelerando e forçando a marcha desnecessariamente.

  • Se atente aos pneus

É sempre importante se atentar a calibragem dos pneus, pois, ao murcharem, eles consomem mais gasolina por conta do aumento da área de contato com a via. Isto é como se o veículo ficasse “preso” ao solo, o que acaba dependendo de uma performance acima do necessário.

É importante dizer que não é recomendado calibrar o máximo que der dos pneus. Os pneus devem ser calibrados de acordo com o que foi recomendado pelo fabricante.

  • Evite ar-condicionado na cidade

Como o ar-condicionado recebe uma carga do motor através de uma conexão interna, ele acaba gastando mais combustível. Sendo assim, privilegie o ar natural.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.