Distrito Federal tem o maior reajuste na cesta básica de todo país; veja valores

A capital brasileira é a que apresenta o maior custo médio da cesta básica de alimentos. O preço cresceu 3,88% em setembro, sendo a maior entre as 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas (Dieese).

Nesta semana, Dieese divulgou a pesquisa sobre o preço da cesta básica do último mês. A análise é feita com 17 capitais, sendo que 11 dessas o preço dos alimentos aumentou e em quatro diminuiu.

As maiores altas do mês de setembro foram registradas em Brasília (3,88%), Campo Grande (3,53%), São Paulo (3,53%) e Belo Horizonte (3,49%). As capitais com quedas mais intensas foram João Pessoa (-2,91%) e Natal (-2,90%). Veja o quadro completo:

A cesta básica é composta por 13 itens considerados essenciais para o desenvolvimento físico de uma pessoa adulta: carne, leite, feijão, arroz, farinha, batata, legumes (tomate), pão francês, café em pó, frutas (banana), açúcar, banha/óleo e manteiga.

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Brasília registrou o maior aumento entre as capitais no acumulado dos últimos 12 meses, somando 38,56%. Em seguida, aparecem as cidades de Campo Grande (28,01%), Porto Alegre (21,62%) e São Paulo (19,54%).

A cesta mais cara verificada em setembro foi a de São Paulo (R$ 673,45), seguida pelas de Porto Alegre (R$ 672,39), Florianópolis (R$ 662,85) e Rio de Janeiro (R$ 643,06). Os menores valores foram registrados em Aracaju (R$ 454,03), João Pessoa (R$ 476,63) e Salvador (R$ 478,86).

João Pessoa foi a capital que teve a maior queda, de 2,91%. Porém, foi Natal que obteve o maior índice de redução no preço da cesta básica com 2,9%, ficando por R$ 493,29. Diante disso, a média da cesta básica ficou em R$ 583,37.

Diante disso, e considerando o atual piso nacional de R$ 1.100, a renda familiar fica comprometida em 53%. Pensando nisso, para sustentar uma família de quatro pessoas, sendo dois adultos e 2 crianças, é preciso de R$ 1.750,11.

Sendo assim, é preciso, no mínimo, ganhar dois salários mensais. É importante lembrar que além da alimentação, há outras despesas, como conta de luz, conta de água, aluguel. Para piorar a situação, o Brasil está enfrentando altas constantes em todos os produtos, devido à alta na inflação.

Glaucia Alves
Formada em Letras-Inglês pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Atuou na área acadêmica durante 8 anos. Em 2020 começou a trabalhar na equipe do FDR, produzindo conteúdo sobre finanças e carreira, onde já acumula anos de pesquisa e experiência.
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