O empréstimo consignado é um serviço de aquisição de crédito, em que o pagamento é descontado em parcelas mensais direto na folha de pagamento ou no valor do benefício previdenciário de quem contratou o serviço. É uma opção fácil e com juros baixos.
No caso dos aposentados, após a autorização do beneficiário, o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) realizará os descontos no benefício para pagar os empréstimos. O limite é de até 35% do valor do benefício, de onde 5% podem ser para operações de cartão de crédito.
No mês de agosto desse ano de 2021, o aumento de empréstimos consignados para aposentados e pensionistas do INSS chegou a R$ 184,5 bilhões contratados, um recorde para o serviço.
Segundo os dados do Banco Central, é o maior número que já foi registrado nesse tipo de empréstimo para aposentados e pensionistas. Dentro de um ano, o valor total aumentou 25%. Em agosto de 2020 o número era de R$147,6 bilhões.
Segundo o instituto, a média dessa modalidade de empréstimo para esse público chegou a 2,1 milhões por mês. No entanto, esse aumento preocupa o INSS, tanto que o órgão vai passar a usar a biometria para confirmar os empréstimos.
De acordo com o INSS, a utilização do recurso é para evitar a prática de instituições financeiras e correspondentes que disponibilizam o serviço para os aposentados e servidores públicos que não solicitaram o empréstimo. Além disso, para evitar os possíveis golpes e fraudes.
O projeto, em parceria com o Instituto de Registro de Títulos e Documentos e de Pessoas Jurídicas do Brasil, irá permitir a validação por meio de assinatura eletrônica avançada, uso de biometria facial e registro em cartório de Registro de Títulos e Documentos (rede RTD).
O empréstimo consignado tem taxa máxima de juros ao mês de 1,8%, para operações em benefício previdenciário. Além disso, uma resolução este ano ampliou a margem de crédito de 35% para 40%.
A dica para os aposentados é ter cuidado na contratação de um empréstimo dessa categoria. Esse tipo de serviço resulta na diminuição do recebimento do benefício. Além disso, o resultado pode ser o aumento do endividamento da família e a falta de recursos para bancar as despesas mensais.