Imóveis do Minha Casa Minha Vida levam anos para serem entregues no Rio de Janeiro fazendo com que os contemplados desistam da compra. A construção do condomínio iniciou em 2015, e ainda há pessoas que não receberam os apartamentos.
Os cidadãos beneficiados com os imóveis do Minha Casa Minha Vida, localizados no condomínio Baleares, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense esperam há anos a entrega dos apartamentos.
Segundo os beneficiados, alguns imóveis foram depredados e ocupados. Além disso, há denúncias de que a área é controlada por milicianos. Por esses motivos, junto com a espera, alguns contemplados desistiram de mudar para o local.
A Polícia Civil afirma que não há nenhuma denúncia de ação de milicianos na região. Moradores que já ocupam os imóveis afirmam que os apartamentos estão sendo depredados, com roubos de portas e janelas. Além disso, o descaso é tão grande que o mato que deveria ser um jardim está tomando conta.
Os imóveis do condomínio Baleares foram construídos a partir de 2015, no antigo programa habitacional Minha Casa Minha Vida. Porém, após seis anos boa parte do condomínio continua sem moradores.
Em defesa, o secretário municipal de Habitação e Urbanismo de Belford Roxo, Reginaldo Gomes, esclarece que a prefeitura fez sua parte, preparando os dossiês e encaminhando ao banco para aprovação.
Em relação aos roubos de matérias, Gomes afirmou que entrou em contato com a construtora Novo Lar, responsável pelo condomínio. Na ocasião explicou que não seria possível entregar os imóveis nessa condição.
Porém, para fazer a recomposição dos itens roubados seria necessário desembolsar R$ 13 milhões. Segundo Gomes, foi neste momento que começou o impasse.
Porém, a construtora afirma que concluiu os apartamentos para a prefeitura de Belford Roxo e para o Banco do Brasil e que, portanto, não é mais responsável pela entrega dos imóveis.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento Regional o condomínio foi entregue em 2016. Porém, a prefeitura só indicou os beneficiários em 2018. Após isso, o Banco do Brasil identificou diversos problemas.
Os contemplados que ficaram com os apartamentos localizados nos blocos 1 ao 6 receberam as chaves. O problema são os blocos 7, 8 e 9 que contabilizam cerca de 900 apartamentos vazios e abandonados que poderia estar abrigando 3,6 mil moradores.