Aneel projeta alta de 5% nas contas de luz a partir de 2022 com crise hídrica

De acordo com o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone, já é possível prevê um reajuste de 5% nas contas de luz em 2022. Esse aumento é devido à crise hídrica que o país está enfrentando.

Aneel projeta alta de 5% nas contas de luz a partir de 2022 com crise hídrica
Aneel projeta alta de 5% nas contas de luz a partir de 2022 com crise hídrica (Imagem: Mohamed Khaled/Pexels)

Com a falta de chuvas e com a diminuição dos reservatórios hidrelétricos é necessário acionar as termelétricas. Com isso, são ativadas as bandeiras tarifárias que geram um valor mais alto nas contas de luz do povo brasileiro.

A Aneel informou na última terça-feira (15), que os reajustes nas bandeiras devem passar de 20% nas próximas semanas. Segundo Pepitone, esse reajuste irá impactar apenas as bandeiras, e não o valor total das faturas.

“Não é a tarifa que vai subir 20%. Nós estamos conseguimos fazer com que os aumentos que estão ocorrendo neste ano fiquem na casa de 7%, 7,5%”, explicou. Entenda como funciona as cobranças das bandeiras tarifárias:

A bandeira vermelha possui dois patamares, conforme o uso das termelétricas. Diante disso, o patamar 1 cobra R$ 4,16 por 100 kWh consumido. O patamar 2 é mais caro, sendo R$ 6,24 por 100 kWh consumido.

Pepitone afirmou que o cenário de crise hidrelétrica irá influenciar no preço das contas de luz de 2022. A estimativa é que o preço suba, no mínimo, 5%. Pepitone explicou que o Ministério de Minas e Energia já estima que seja gasto um adicional de R$ 9 bilhões. Esse valor será usado entre janeiro a novembro.

Até o mês de abril já foram usados R$ 4 bilhões do valor adicional. Diante disso, esse valor terá impacto na tarifa das contas de luz de 2022. É esperado que o reajuste seja aplicado nas tarifas residenciais e comerciais.

O Brasil enfrenta a pior estiagem dos últimos 91 anos. Diante disso, especialistas afirmam que o país pode ter que passar por um racionamento de energia, assim como aconteceu em 2001.

Porém, essa possibilidade foi descartada, neste momento, pelo diretor-geral do Operador Nacional do Sistema (ONS), Luiz Ciocchi.

“Reiteramos que, para o ano de 2021, não existe previsão de racionamento ou apagão, nenhuma dessas consequências negativas”, afirmou Ciocchi durante audiência pública virtual da Câmara dos Deputados.

YouTube video player
Glaucia AlvesGlaucia Alves
Formada em Letras-Inglês pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Atuou na área acadêmica durante 8 anos. Em 2020 começou a trabalhar na equipe do FDR, produzindo conteúdo sobre finanças e carreira, onde já acumula anos de pesquisa e experiência.
Sair da versão mobile