Conforme anunciado pelo ministro da Saúde no início desta semana, chega ainda hoje, 29, as doses da vacina da Pfizer no Brasil. O primeiro lote do imunizante chegará em um voo com pouso no Aeroporto Internacional de Viracopos, na cidade de Campinas (SP), com direito a cerimônia.
O contrato de compra firmado pelo Governo Federal para a aquisição do imunizante produzido na Bélgica, é para 100 milhões de doses. No entanto, esta primeira remessa da vacina da Pfizer contará com um milhão de doses, devido à falta de capacidade de armazenamento.
Durante audiência realizada no Senado Federal na última segunda-feira, 26, Marcelo Queiroga disse que tem trabalhado intensivamente para adquirir mais doses do imunizante.
“São doses prontas e o Ministério da Saúde já organizou a logística para essa vacina, que tem a peculiaridade em relação à cadeira de frio. Temos capacidade para aplicar a vacina da Pfizer com bastante segurança”, assegurou o ministro.
O ministro ainda reforçou que com a chegada da vacina da Pfizer, haverá um avanço notável na campanha de vacinação contra a Covid-19 em território brasileiro. No entanto, Queiroga lembrou que, de qualquer forma, é preciso respeitar o Plano Nacional de Imunização (PNI).
A vacina da Pfizer foi o primeiro imunizante importado a receber um parecer positivo e definitivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no mês de fevereiro de 2021. A vacina pode contemplar desde adolescentes com idade a partir de 16 anos mediante as duas doses, sendo que o intervalo deve ser de 21 dias.
As doses do imunizante devem ser armazenadas em caixas com temperatura entre -25°C a -15°C durante 14 dias, no máximo. Este foi um fator que resultou no atraso da aquisição da vacina da Pfizer pelo Brasil.
Porém, ainda em 2020, a fabricante declarou ter desenvolvido uma embalagem especial capaz de controlar a temperatura à base de gelo seco. Ao chegar em território brasileiro a aplicação deve ocorrer dentro do prazo de cinco dias.
A vacina será distribuída nas 27 capitais brasileiras entre esta sexta-feira, 30, e sábado, 1º, proporcionalmente. A princípio houve uma recusa que gerou polêmica no Governo Federal sobre a compra do imunizante.
A fabricante chegou a fazer três ofertas de venda de 70 milhões de doses, mas o Ministério da Saúde não deu nenhuma resposta. Isso porque, o chefe da pasta na época, tinha receio sobre a aquisição devido às dificuldades de armazenamento, que já foram resolvidas.