A renovação do auxílio emergencial ainda não foi confirmada, mas uma proposta do Centro de Liderança Pública (CLP) contemplaria até 95 milhões de pessoas a um custo mensal de R$ 8 bilhões. Dessa forma haveria uma redução de 65% se compararmos com o benefício pago em 2020. Essa seria uma maneira de evitar que esses brasileiros fiquem desamparados durante a pandemia, e as contas públicas não tivessem um comprometimento tão grande.
O auxílio emergencial foi de grande ajuda para milhões de famílias no ano passado. No começo, as parcelas eram de R$ 600 e de R$ 1,2 mil para famílias que tinham mulheres como chefe. A partir de setembro, o benefício passou a ser de R$ 300. Esse programa durou até dezembro do ano passado.
Um cálculo mostra que o custo do programa foi de R$ 40 bilhões mensais na primeira fase e em R$ 20 bilhões após a redução das parcelas. Infelizmente, no momento de crise, o índice de pobreza do país subiu consideravelmente.
Na ocasião do inicio do benefício, o presidente Jair Bolsonaro queria que o pagamento fosse de três parcelas de R$ 200. Mas após pressão do Congresso, o valor foi de R$ 600.
O que diz a proposta do auxílio emergencial?
A ideia é que cada pessoa de uma família já beneficiada pelo programa Bolsa Família receba R$ 50. Além disso, há a proposta de R$ 100 para aqueles que fizeram parte do auxílio emergencial, mas não eram contemplados com o Bolsa Família.
Com essas mudanças, o programa custaria R$ 8 bilhões. Como já dissemos, haveria uma redução de 65% em relação ao ano passado.
Segundo Luiz Felipe D’Avila, fundador do CLP, os mais vulneráveis precisam desse suporte até que a economia volte aos trilhos. Porém isso precisa ser feito de forma sustentável.
“O auxílio foi e ainda é necessário, mas precisa ser ajustado de forma responsável. No ano passado, todos achavam que seria uma medida curta, que não seria necessário estendê-la por tanto tempo, mas não podemos cometer o mesmo erro agora. É preciso ter um benefício que seja de acordo com a capacidade fiscal”, afirma o cientista político.