Nesta segunda-feira (22), o estado de São Paulo bateu o recorde de internações por Covid-19 desde o início da pandemia. Além disso, as variantes do coronavírus tem avançado na região. O número de internações é o maior registrado desde julho de 2020. Por essa razão, o governo do estado pretende endurecer a quarentena a partir desta quarta-feira (24).
O Centro de Contingência fez recomendações que devem entrar em vigor nesta semana.
“Temos às 13h de hoje 6.410 pacientes internados em UTIs. É importante lembrar que nós tínhamos, em julho de 2020, na primeira onda, a maior ocupação de leitos, atingindo 6.257. Portanto, ultrapassamos o maior número da história da pandemia em São Paulo”, afirmou o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn.
Dados do coronavírus em São Paulo
O governo do estado apresentou alguns dados e é possível perceber uma queda no número de casos em relação à semana anterior. A queda foi de 9.275 casos contra 8.573, que representa uma redução de 9,5%.
Mas vale ressaltar que houve um salto no número de internações de 5,5%. Na semana passada eram 1.457 novos hospitalizados e agora temos 1.538.
O aumento de internações mostra que está havendo um afrouxamento nas restrições impostas pelo governo. De acordo com o secretário, a população está agindo com “desobediência”.
“Temos de continuar a seguir as normas e ritos sanitários. O controle da pandemia passa pelo segmento das normas como manter o distanciamento, usar máscaras, higienizar as mãos e evitar aglomerações. Independente de cepas mutantes, a transmissão ocorre principalmente pelo fato de não estar ocorrendo obediência às normas. Essa semana os números merecem atenção maior do que nas últimas”, continuou Jean.
João Gabbardo, coordenador-executivo do Centro de Contingência, disse ainda que foi apresentado ao governo, um novo conjunto de medidas para endurecer a quarentena. A ideia é reduzir o número de novos casos e, consequentemente, a quantidade de internações.
“Elas vão tratar de redução da mobilidade, da movimentação das pessoas, o que podemos fazer nesse momento para reduzir a taxa de transmissibilidade. Sendo variante ou não, a forma de reduzir a transmissão é a mesma: diminuir a possibilidade de contato entre as pessoas”, disse.
Ainda segundo ele, um dos problemas é que o período em que cada paciente fica internado também aumentou.