Desde o início do ano, o governo federal tem prometido a antecipação do 13° salário dos aposentados e pensionistas do INSS. O combinado seria efetuar o pagamento da primeira parcela em fevereiro e a segunda no mês de março. Porém houve uma mudança e os pagamentos foram adiados. Agora, uma parcela será paga no fim de março e a segunda apenas em abril.
Ainda não há confirmação, mas tudo indica que a primeira parcela do 13° será paga juntamente com a folha mensal de benefícios. Se realmente for assim, provavelmente a primeira parcela seria paga no dia 25 de março.
O predisente Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados da Força Sindical), João Inocentini, afirma que enviou uma solicitação de antecipação ao governo ainda em janeiro.
De acordo com ele, o ministro da economia, Paulo Guedes, confirmou o pagamento, mas não de forma oficial.
Porque o adiantamento 13º salário INSS ficou para março?
Segundo os representantes dos aposentados, no mês de fevereiro, não haverá o adiantamento, porque as folhas de pagamentos desse mês já foram processadas. Dessa forma, seria inviável efetuar o pagamento do 13º agora.
Wesley Martins Gonçalles, presidente da Confederação Brasileira de Aposentados, Pensionistas e Idosos (Cobap), afirmou que tem certeza que neste mês não terá o pagamento. Mas garante que está tentando marcar uma reunião com representantes do governo. O intuito é conseguir que esse adiantamento ocorra ainda no primeiro semestre.
“Estamos tentando lidar com alguém do governo, mas até agora não conseguimos. Nossa preocupação é com essa regra. Do que adianta a gente receber adiantado e depois ter que devolver. Antes, se a gente morria, a viúva não tinha nada que devolver o dinheiro.”, afirma João Inocentini.
A grande preocupação é que os aposentados não saiam prejudicados. Afinal de contas, eles têm sido os mais prejudicados com a pandemia, tanto financeiramente quanto em questões de saúde.
“O governo ajudou todo mundo, menos os aposentados. Ele simplesmente antecipou o que já era um direito e não deu ajuda nenhuma. Hoje, quem está sustentando as famílias é o aposentado, ajudando filho, genro e neto que estão desempregados.”, completa.
O Ministério da Economia informou que não irá se pronunciar sobre esse tema.