Antecipação do 13º salário pelo INSS deverá ser prorrogada. Nessa semana, o presidente da Cobap (Confederação Brasileira de Aposentados, Pensionistas e Idosos), Warley Martins Gonçalles, informou que o governo federal deverá atrasar a liberação do abono natalino, previsto para esse mês de fevereiro. O benefício foi adiantando diante dos efeitos da covid-19.
Nas últimas semanas, representantes do INSS e do governo federal informaram que os aposentados e pensionistas terão o 13º salário antecipado. A previsão era de que o benefício passasse a ser pago ainda em fevereiro, mas por questões administrativas deve ser liberado entre março e abril.
Novos prazos do 13º pelo INSS
João Inocentini, presidente do Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados da Força Sindical), informou que a gestão vem trabalhando para que os valores sejam liberados a partir do dia 25 de março.
No entanto, o cronograma oficial ainda não foi definido. Segundo o gestor, até o fim de abril todos os segurados já deverão ter sido contemplados.
O motivo pelo qual a liberação de fevereiro foi suspensa está relacionado a necessidade de gerar a folha de pagamento. Com o orçamento anual do governo ainda para ser aprovado no Congresso, a antecipação fica inviabilizada.
Benefício pode gerar débitos
Gonçalles explica ainda que é preciso alinhar os detalhamentos do projeto. Há uma grande possibilidade de que parte dos segurados pensionistas fiquem em débito com o INSS caso recebam a antecipação do 13º.
“Estamos tentando falar com alguém do governo, mas até agora não conseguimos. Nossa preocupação é com essa regra. Do que adianta a gente receber adiantado e depois ter que devolver. Antes, se a gente morria, a viúva não tinha nada que devolver o dinheiro.”
Já Inocentini, explica que o governo deve dar mais apoio aos aposentados, grupo fortemente afetado pela pandemia. De acordo com ele, a antecipação de forma insegura não deve ser benéfica e poderá atrapalhar ainda mais as contas desse grupo.
“O governo ajudou todo mundo, menos os aposentados. Ele simplesmente antecipou o que já era um direito e não deu ajuda nenhuma. Hoje, quem está sustentando as famílias é o aposentado, ajudando filho, genro e neto que estão desempregados.”
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