Alguns beneficiários do Bolsa Família foram identificados como doadores de campanhas eleitorais e, por esse motivo, tiveram a ajuda financeira bloqueada. Esse grupo pode contestar a decisão do governo até o dia 15 de janeiro.
Na primeira segunda-feira (04) do ano, o governo publicou as regras de bloqueio do pagamento do Bolsa Família para os beneficiários que foram identificados como doadores de campanhas eleitorais no ano passado.
Além disso, o governo também bloqueou o benefício de pessoas que recebiam a ajuda financeira e que se candidataram em 2020. Dessa maneira, o bloqueio atingiu também as famílias que tivessem algum membro eleito ou que tenha se candidatado.
O benefício também foi bloqueado para as famílias que tiveram membros que declararam à Justiça Eleitoral um patrimônio maior do que R$ 300 mil. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 91,5 mil beneficiários do auxílio emergencial ou do Bolsa Família fizeram doações.
O governo descobriu diversas irregularidades de beneficiários que estavam contribuindo financeiramente com campanhas eleitorais ou que estavam prestando serviços para as campanhas políticas das eleições municipais de 2020.
Com isso, tiveram o benefício bloqueado de forma temporária, a fim de que fosse finalizada a investigação que tenta descobrir irregularidades nas eleições municipais do ano passado. Porém, alguns cidadãos se queixam de bloqueios realizados de forma errada.
Diante disso, o governo deu o prazo até o dia 15 de janeiro para as famílias realizarem a atualização dos dados cadastrados e solicitar o desbloqueio. Quem não realizar a atualização terá o benefício cancelado definitivamente.
Essa data é para as famílias que possuem uma renda mensal per capita maior que dois salários mínimos no mês de dezembro de 2020, ou seja, R$ 2.090. Já as famílias com uma renda per capita entre meio salário mínimo até dois, ou seja, de R$ 522,50 a R$ 2.090 poderão solicitar o desbloqueio até o dia 14 de maio.
Em ambos os casos, a solicitação do desbloqueio deve ser feita nos centros de atendimento do programa, no qual será solicitada a atualização dos dados cadastrais.
Por esse motivo, é indicado que leve os documentos dos componentes da família, assim como documentos que comprovem a renda familiar e um comprovante de residência.